Netanyahu diz que Hamas não governará mais Gaza e apoia plano de Trump para encerrar guerra

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Netanyahu diz que Hamas não governará mais Gaza e apoia plano de Trump para encerrar guerra

Em coletiva na Casa Branca, líderes anunciaram proposta de previsão de governança civil tecnocrática em Gaza, liberação de reféns e desmantelamento do Hamas 

Foto: REUTERS/Jonathan Ernst

O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou nesta segunda-feira (29) que Gaza não será mais governada pelo Hamas e apoiou o plano apresentado pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, para encerrar o conflito.

“Israel manterá a responsabilidade pela segurança, incluindo um perímetro de segurança, no futuro próximo”, disse Netanyahu. “Gaza terá uma administração civil, que não será comandada nem pelo Hamas nem pela Autoridade Palestina”, acrescentou.

O plano de Trump inclui a criação de uma “governança transitória temporária” composta por um comitê especializado tecnocrático e apolítico, encarregado da administração diária de serviços públicos em Gaza. Essa estrutura seria supervisionada por um “Conselho da Paz” liderado por Trump, que contará com a participação do ex-primeiro-ministro britânico Tony Blair. O Hamas rejeitou a ideia de supervisão estrangeira.

Trump afirmou que o próximo passo é conquistar o apoio do Hamas. “Agora é hora de o Hamas aceitar os termos do plano que apresentamos hoje”, disse. Ele sugeriu que as negociações podem ser mais simples porque grande parte da liderança do grupo foi morta nos últimos anos. "A liderança deles foi morta três vezes. Estamos realmente lidando com pessoas diferentes daquelas dos últimos quatro, cinco anos."

Netanyahu elogiou Trump e sua proposta. “De Jerusalém a Teerã, das Colinas de Golã a Gaza, você provou repetidamente o que eu já disse muitas vezes: você é o maior amigo que Israel já teve na Casa Branca”, declarou. O primeiro-ministro israelense destacou que o plano atende aos objetivos da guerra de Israel: "Ele trará de volta a Israel todos os nossos reféns, desmantelará as capacidades militares do Hamas e garantirá que Gaza nunca mais represente uma ameaça."

Trump disse que, se o Hamas rejeitar o acordo, os EUA darão “apoio total” a Israel para “fazer o que for preciso”. Segundo o plano, o conflito terminaria imediatamente após as restrições mútuas da proposta, e todos os reféns deveriam ser libertados em até 72 horas.

Durante a coletiva, Trump também comentou sobre o papel da Autoridade Palestina, indicando que ela poderia manter algum nível de controle, embora tenha anunciado que reformas são possíveis. Netanyahu, porém, já havia criticado essa ideia no passado.

O ex-presidente aprovou o evento para relembrar concessões territoriais feitas por Israel no passado. "Eles se afastaram. Deixaram que eles ficaram com a terra. E eu nunca me esqueci disso, porque não pareceu um bom negócio para mim, como corretor imobiliário. Eles abriram mão do oceano."

Trump classificou a proposta como um passo para uma "paz eterna no Oriente Médio" e agradeceu aos líderes dos países da região, além de parceiros na Turquia, Indonésia, Paquistão e Europa pelo apoio às negociações.

O anúncio foi acompanhado de leve volatilidade nos mercados globais. O índice israelense TA-35 fechou em alta de 0,4% após oscilações iniciais, enquanto o xelim registrou valorização marginal frente ao dólar, revertendo perdas da semana anterior. Analistas consultados pela Reuters destacaram que os investidores parecem estar adotando uma postura de cautela, aguardando sinais concretos de acessibilidade do plano por parte do Hamas antes de reprecificar ativos ligados à região.

No mercado de commodities, os preços do petróleo subiram 0,6% no início da tarde, refletindo tempos residuais de escalada no Oriente Médio, mas recuaram ao final do pregão, após declarações de Trump e Netanyahu indicando perspectiva de cessar-fogo em caso de acessibilidade da proposta.

 

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Segunda, 06 Outubro 2025

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