Payroll: veja resultados e o que esperar da economia dos EUA

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Payroll: veja resultados e o que esperar da economia dos EUA

As folhas de pagamento norte-americanas aumentaram 315.000 vagas em agosto. 

Foto: Michal Jarmoluk/Pixabay.

As folhas de pagamento não agrícolas (payroll) aumentaram 315 mil vagas em agosto nos Estados Unidos (EUA). Os dados são do Bureau of Labor Statistics e foram divulgados nesta sexta-feira.

O resultado ficou um pouco abaixo da estimativa do Dow Jones, que era de 318.000. Já a taxa de desemprego subiu para 3,7%, dois décimos acima das expectativas. A medida mais ampla de desemprego, que inclui trabalhadores desencorajados e aqueles com empregos de meio período por motivos econômicos, subiu de 6,7% para 7%.

Os salários continuaram a subir, embora um pouco menos do que as expectativas do mercado. O rendimento médio por hora aumentou 0,3% no mês e 5,2% em relação ao ano anterior.

Payroll por setor

Serviços profissionais e empresariais lideraram os ganhos de folha de pagamento, com 68 mil novos postos, seguidos por saúde, com 48 mil e varejo, com 44 mil. Lazer e hospitalidade, setores líderes durante a retomada após a pandemia - com média de 90.000 nos sete meses anteriores de 2022 -, aumentaram apenas 31 mil vagas no mês.

A indústria aumentou 22 mil vagas, enquanto atividades financeiras ganharam 17 mil postos e comércio atacadista, 15 mil.

Reação do mercado

Os mercados reagiram positivamente aos números, com Wall Street indicando abertura positiva para as ações e rendimentos do Tesouro caindo.

"Há algo para todos neste relatório", disse Michael Arone, estrategista-chefe de investimentos da State Street Global Advisors ao site CNBC. "Este relatório apoia a capacidade do Fed de projetar um pouso suave. Os mercados gostam."

Os números do emprego representam um dilema para o Federal Reserve (Fed) no controle da inflação, que está perto de seu ritmo mais rápido em mais de 40 anos.

O mercado de trabalho, no entanto, manteve-se resiliente, mesmo com o enfraquecimento de outros aspectos da economia. A habitação, em particular, provavelmente está em recessão, segundo a reportagem do CNBC.

O Fed tem lutado contra o problema da inflação com uma série de aumentos nas taxas de juros, que devem continuar em 2023. As principais autoridades do banco central alertaram que não devem recuar nas medidas e que esperam que as taxas permaneçam elevadas "por algum tempo".

Segundo Arone, o relatório de empregos "não é forte o suficiente para torná-los mais agressivos em termos de aumentos de juros, e não é fraco o suficiente para desacelerar". Para ele, o resultado não muda o panorama atual.

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Domingo, 08 Setembro 2024

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