Payroll: veja resultados e o que esperar da economia dos EUA
As folhas de pagamento norte-americanas aumentaram 315.000 vagas em agosto.
As folhas de pagamento não agrícolas (payroll) aumentaram 315 mil vagas em agosto nos Estados Unidos (EUA). Os dados são do Bureau of Labor Statistics e foram divulgados nesta sexta-feira.
O resultado ficou um pouco abaixo da estimativa do Dow Jones, que era de 318.000. Já a taxa de desemprego subiu para 3,7%, dois décimos acima das expectativas. A medida mais ampla de desemprego, que inclui trabalhadores desencorajados e aqueles com empregos de meio período por motivos econômicos, subiu de 6,7% para 7%.
Os salários continuaram a subir, embora um pouco menos do que as expectativas do mercado. O rendimento médio por hora aumentou 0,3% no mês e 5,2% em relação ao ano anterior.
Payroll por setor
Serviços profissionais e empresariais lideraram os ganhos de folha de pagamento, com 68 mil novos postos, seguidos por saúde, com 48 mil e varejo, com 44 mil. Lazer e hospitalidade, setores líderes durante a retomada após a pandemia - com média de 90.000 nos sete meses anteriores de 2022 -, aumentaram apenas 31 mil vagas no mês.
A indústria aumentou 22 mil vagas, enquanto atividades financeiras ganharam 17 mil postos e comércio atacadista, 15 mil.
Reação do mercado
Os mercados reagiram positivamente aos números, com Wall Street indicando abertura positiva para as ações e rendimentos do Tesouro caindo.
"Há algo para todos neste relatório", disse Michael Arone, estrategista-chefe de investimentos da State Street Global Advisors ao site CNBC. "Este relatório apoia a capacidade do Fed de projetar um pouso suave. Os mercados gostam."
Os números do emprego representam um dilema para o Federal Reserve (Fed) no controle da inflação, que está perto de seu ritmo mais rápido em mais de 40 anos.
O mercado de trabalho, no entanto, manteve-se resiliente, mesmo com o enfraquecimento de outros aspectos da economia. A habitação, em particular, provavelmente está em recessão, segundo a reportagem do CNBC.
O Fed tem lutado contra o problema da inflação com uma série de aumentos nas taxas de juros, que devem continuar em 2023. As principais autoridades do banco central alertaram que não devem recuar nas medidas e que esperam que as taxas permaneçam elevadas "por algum tempo".
Segundo Arone, o relatório de empregos "não é forte o suficiente para torná-los mais agressivos em termos de aumentos de juros, e não é fraco o suficiente para desacelerar". Para ele, o resultado não muda o panorama atual.
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