Índice foi o maior em seis anos.
Foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) um aumento de 0,78% na prévia da inflação do país, o IPCA-15, no mês de dezembro. Assim, o IPCA finalizou o ano em 10,42% - o maior resultado acumulado em um ano desde 2015.
Em dezembro o resultado ficou dentro das projeções, entre 0,72% e 0,92%. Além disso, no mesmo mês, o IPCA-15 foi influenciado pelo setor de transportes, que sofreu com uma variação nos itens de 2,31%. O segmento afetou o índice em 0,5 p.p.
Os transportes fecharam esse ano com uma alta acumulada de 21,35%. O resultado foi influenciado pela alta no preço dos combustíveis de 3,40% - principalmente da gasolina, em 3,28%. Os preços do etanol e do óleo diesel também subiram em 4,54% e 2,22%, respectivamente.
As passagens aéreas subiram 10,07% após recuo de 6,34% no mês de novembro. Outra grande variação ocorreu no setor de habitação, com um aumento de preços de 0,9% em dezembro ante novembro, com um peso de 0,15 p.p. A energia elétrica também teve uma grande contribuição: 0,96%.
Em terceiro lugar, o grupo com maior variação foi o de alimentos e bebidas, com 0,35% no mês e um impacto de 0,07 p.p. O setor finalizou o ano com um índice acumulado de 8,68%; a alta foi, na maior parte, na alimentação a domicílio, em 0,46%.
Já em contribuição individual, em primeiro lugar ficou o café moído, que alcançou 9,10% de aumento, acelerado se comparado ao mês de novembro, que ficou em 4,91%. As frutas também sofreram um aumento de 4,10% e as carnes, 0,9% em dezembro. Neste mês ainda houve alta da cebola de 19,4%. No mês anterior, ela já havia subido 7%.
O tomate, o leite longa vida e o arroz sofreram quedas de -11,23%, -3,75%, -2,46%, respectivamente.
A alimentação fora de casa variou em 0,08%. Houve um recuo nos preços dos lanches de 3,47% que ajudou a chegar ao resultado negativo, -0,06 p.p no IPCA-15 deste mês.
Os setores de saúde e cuidados pessoais e educação foram os únicos a não registrarem aumento em dezembro.
O Índice de Difusão, medidor de proporção dos itens que tiveram um aumento de preços, subiu para 68,9% em dezembro. Em comparação com o mês anterior, o percentual foi de 65,7%, segundo dados do Valor Data.
Todas as onze regiões pesquisadas pelo IBGE apresentaram variações positivas nos preços neste mês diante de novembro. A maior variação foi de 1,13% na região metropolitana de Salvador, na Bahia. Já a menor variação ocorreu em Belém, no Pará, também na região metropolitana, com um aumento de preços de 0,32%.