A inflação norte-americana encerrou o ano de 2022 cedendo, com os preços ao consumidor (CPI) de dezembro registrando a maior queda mensal desde o início da pandemia. Os dados foram divulgados nesta manhã de quinta-feira (12), pelo Departamento do Trabalho dos EUA.

O CPI, que mede o custo de uma ampla cesta de bens e serviços, caiu 0,1% no mês, conforme esperado por entidades do mercado como Dow Jones. 

A inflação subiu 6,5% em relação ao ano anterior, refletindo o aumento do custo de vida no país. Na base anual, foi o menor aumento desde outubro de 2021.

O núcleo CPI - que exclui preços voláteis de alimentos e energia - subiu 0,3% em dezembro e 5,7% na base anual, também em linha com as expectativas.

Índices por setor

A queda mensal foi puxada pelo preço da gasolina, que caiu 9,4% no mês e registra queda de 1,5% em relação ao ano anterior. O óleo diesel também caiu 16,6% em dezembro, contribuindo para uma queda total de 4,5% no índice de custo da energia.

Os preços dos alimentos aumentaram 0,3% em dezembro, enquanto a moradia subiu 0,8%, 7,5% a mais em relação ao ano anterior. Custos com moradia respondem por cerca de um terço do CPI.

Veículos usados 2,5% no mês e 8,8% ano a ano.

Reação do mercado

Os mercados reagiram timidamente às notícias, com os futuros vinculados ao Dow Jones Industrial Average subindo modestamente, entre 0,10% e 0,20%, e os rendimentos do Tesouro caindo na maioria dos vencimentos.

Embora os aumentos anuais estejam bastante acima da meta de 2% do Federal Reserve, os dados mostram a inflação norte-americana - que em 2022 atingiu seu recorde em 41 anos - perdendo força.

Agora, o Comitê de Política Monetária do Fed (Fomc) deve avaliar o quanto ainda precisa aumentar as taxas de juros para desacelerar a economia e domar de vez a inflação.

O Fed já elevou a taxa básica de juros em 4,25 pontos percentuais, atingindo o nível mais alto em 15 anos. Anúncios anteriores admitiram que os juros ultrapassem 5% antes de recuar.

E você, o que achou dos resultados?