Há 15 anos, em 31 de outubro de 2008, um documento intitulado "Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System" foi publicado por um autor misterioso sob o pseudônimo de Satoshi Nakamoto. Esse marco deu início a uma revolução no mundo financeiro e tecnológico, que continua a influenciar a maneira como vemos dinheiro, transações e a própria economia.

O nascimento da criptomoeda

Em 3 de janeiro de 2009, o primeiro bloco do Bitcoin, conhecido como o "Bloco Gênesis," foi minerado. Este evento marcou o início da era das criptomoedas. O Bitcoin, uma moeda digital descentralizada e baseada em blockchain, foi criado com o objetivo de oferecer um sistema financeiro alternativo e mais seguro.

Impacto na economia e tecnologia

Nos últimos 15 anos, o Bitcoin provou ser mais do que uma mera curiosidade tecnológica. Ele desempenhou um papel fundamental na mudança da forma como as transações financeiras são realizadas, questionando a necessidade de intermediários financeiros e instituições tradicionais. Sua tecnologia subjacente, o blockchain, também se mostrou valiosa em diversos setores, incluindo cadeias de suprimentos, saúde e segurança cibernética.

Altos e baixos

Mas a história do Bitcoin não foi livre de desafios. A criptomoeda experimentou altos e baixos significativos em seu preço, levando a debates sobre sua estabilidade e viabilidade como moeda. No entanto, ela continuou a ganhar aceitação em todo o mundo, com empresas e investidores considerando o Bitcoin como uma classe de ativos legítima.

No ano passado, durante o "inverno cripto", a moeda digital chegou a valer "apenas" US$ 15,7 mil, cerca de R$ 81,7 mil na cotação da época, em 9 de novembro. Aproximadamente um ano antes, em 12 de novembro de 2021, a criptomoeda havia chegado a valer US$ 64,4 mil dólares - pouco mais de R$ 351 mil, o que significa uma variação de preços de mais de 4 vezes seu valor. 

Em 2023 a moeda seguiu em recuperação e o valor da cotação, na data de edição dessa reportagem (31 de outubro), está acima de US$ 34 mil, ou R$ 170 mil.

Legislação e regulação

À medida que o Bitcoin cresceu em popularidade, os governos começaram a considerar a regulamentação das criptomoedas. Isso levantou questões sobre a privacidade, a segurança e o papel das autoridades reguladoras no mercado de criptomoedas. 

No Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou, em 11 de outubro de 2022, o "Parecer de Orientação 40", que consolida o entendimento da autarquia sobre as normas aplicáveis aos criptoativos.

O futuro do Bitcoin

O que podemos esperar dos próximos 15 anos do Bitcoin? O debate sobre seu papel na economia global, juntamente com a evolução das tecnologias de criptografia e blockchain, continuará a moldar seu destino. A aceitação crescente e a integração com sistemas financeiros tradicionais podem desempenhar um papel crucial no futuro da criptomoeda.

E você, investe em bitcoin ou acredita que o mercado cripto é volátil demais para seu apetite por risco? Comente conosco!