24 de fevereiro: um ano de guerra na Ucrânia; confira a cronologia do conflito

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24 de fevereiro: um ano de guerra na Ucrânia; confira a cronologia do conflito

Não há sinais de que a situação vá se resolver em breve. 

Um soldado sob as cores da bandeira ucraniana. Foto: Enrique/Pixabay.
Um conflito anunciado - com exercícios militares russos realizados por semanas nas fronteiras do país com a Ucrânia logo após sua tentativa da entrada na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) -, que culminou em uma guerra - que, segundo o presidente da Rússia, Vladimir Putin, "duraria apenas alguns dias"-, já se arrasta por um ano, deixando para trás um rastro de destruição, mortos, desabrigados, imigrantes e problemas diversos nas cadeias de suprimentos mundiais.

A Rússia não contava com a aliança global de países alinhados com os EUA e União Europeia (UE) que criou uma força-tarefa sem precedentes para sufocar o país economicamente e fornecer armamentos à Ucrânia que, segundo especialistas, ultrapassa mais de dez vezes o poder que a nação teria sem essa ajuda.

Embora o número de mortos e feridos seja incerto, o chefe de defesa da Noruega disse que as estimativas eram de 180 mil mortos e feridos russos e 100 mil mortos ou feridos ucranianos, além de 30 mil mortes de civis.

Confira a cronologia do conflito, que não dá sinais de estar próximo do fim:

  • A batalha de Kiev
Moscou tentou, sem sucesso, tomar a capital ucraniana, Kiev. As forças russas se retiraram da região no início de abril para concentrar suas forças na ofensiva ao leste ucraniano.

  • Cerco de Mariupol
Uma das batalhas mais sangrentas da guerra começou em 3 de marçodurou mais de dois meses. A cidade, no leste da Ucrânia, é estratégica e garantiria a Moscou um corredor terrestre entre a península da Crimeia e o restante da Rússia, garantindo também o controle sobre o Mar de Azov.


A Rússia bombardeou uma maternidade e deixou ao menos 43 mortos. Rússia e Ucrânia criaram um corredor humanitário para a evacuação de civis. Ataques se seguiram, com centenas de mortes de civis até seu fim,
 em torno da metalúrgica de Azovstal, fábrica que se tornou refúgio dos combatentes ucranianos, que resistiram no local durante um mês - até o dia 20 de maio, quando 2,4 mil ucranianos se renderam no local.

  • Sanções ocidentais
A coalisão internacional que apoia a Ucrânia buscou cortar as fontes de financiamento para a Rússia bancar a guerra, com centenas de empresas multinacionais abandonando o país, cortando sua participação nos sistemas bancários internacionais, interrompendo o aceite de sua moeda e atingindo até mesmo os oligarcas do país. Também foram impostos tetos aos preços do petróleo vindo da região.

  • Naufrágio do cruzador Moscova
Foi o principal ponto de virada da guerra a favor da Ucrânia. No final de abril as forças de Kiev conseguiram naufragar o cruzador Moscova, uma das principais unidades da marinha russa. O ataque ajudou as forças de Kiev a retomar a Ilha das Cobras, ponto de controle de acesso ao Mar Negro.

  • Corte do fornecimento de gás
Com a guerra, a Rússia deixou de fornecer gás natural à Alemanha, maior economia da União Europeia. Antes, o Kremlin era responsável por mais da metade do fornecimento - cerca de 55%. Desde o início das reduções, em abril, até o final de agosto, o gasoduto Nord Stream cortou totalmente seu fluxo de gás, culpando as sanções ocidentais pelo problema. Com a ação, o preço da energia chegou a atingir preços recordes, para depois cair 85%, patamar em que está atualmente. No processo, diversas medidas emergenciais foram tomadas pelo bloco, na pior da crise de energia da região.

  • Contraofensiva ucraniana no leste
Após seis meses de guerra, um quarto da Ucrânia foi ocupada pela Rússia. O país então começou uma ofensiva ao sul do país, na região de Kherson, e com mísseis de longa distância enviados pelos EUA no nordeste, na região de Kharkiv, que destruíram pontes e impediram a reposição de tropas e armamentos para a Rússia, que bateu em retirada.

  • Convocação de reservistas e anexação de territórios ucranianos
No final de setembro de 2022, a Rússia anunciou uma "mobilização parcial" de 300 mil reservistas, o que provocou uma fuga em massa de homens do país.

  • Referendo público 

Com pleitos organizados a toque de caixa pela Rússia e votações apenas nas cidades de regiões dominadas, eleitores foram conduzidos até mesmo sob a mira de armas às urnas - que também foram levadas às casas dos moradores. A pergunta era se as regiões ucranianas de Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia deviam se tornar parte do território russo. Os referendos foram posteriormente declarados ilegais pelas Nações Unidas e rejeitados pela comunidade internacional.

  • Tanques e drones de presente

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu reforço e recebeu: já foram usados por suas tropas 50 drones do tipo Bayraktar TB2, armados com bombas guiadas a laser e que realizam disparos à distância. Os últimos reforços, anunciados em janeiro, foram os tanques Leopard II, da Alemanha, e Abram M1, dos EUA. Os equipamentos devem levar meses para entrar em operação.

  • Putin suspende acordo nuclear

No dia 21 de fevereiro, o presidente russo anunciou a suspensão de um acordo da Rússia com os Estados Unidos que limitava os arsenais nucleares dos dois países. Embora especialistas não acreditem em uma ofensiva nuclear por parte de Putin no momento, ainda não há resolução iminente para o conflito.

E você, imagina qual será o futuro dessa geurra? Comente conosco!

 

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Quinta, 21 Novembro 2024

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