Comprar ações baratas e vender no momento certo é uma das chaves para alcançar grandes lucros. A japonesa Panasonic conseguiu realizar esse feito com maestria. A empresa comprou ativos da montadora de carros elétricos Tesla, de Elon Musk, em 2010, assim que passou a fornecer baterias para a companhia. No último ano fiscal – que acabou em março de 2021 –, a Panasonic encerrou sua posição, vendendo todas as ações que possuía, segundo relatório fiscal divulgado pela própria empresa.

A gigante japonesa havia comprado 1,4 milhão de ações da Tesla em 2010, pelas quais pagou, à época, US$ 21,15 dólares por unidade. A negociação toda ficou em cerca de 2,4 bilhões de ienes, o equivalente a US$ 21,65 milhões de dólares, segundo o site CNBC.

Isso significa que a Panasonic comprou as ações da Tesla a R$ 38,1 milhões de reais na conversão de 2010, quando um dólar valia R$ 1,76 real. O dado é do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA).

Em 2020, as ações da Tesla passaram a valer nada menos do que US$ 679,82 dólares cada. Foi quando a Panasonic efetuou a venda das ações. A companhia não comentou a venda, mas fazer uma "conta de padeiro" não é difícil: 1,4 milhão de ações a US$ 679,82 dólares equivalem a US$ 951,7 milhões de dólares em valor bruto, ou seja, quase um bilhão na moeda americana.

Apesar de não ter sido divulgada a data exata da venda, em 2020, um dólar americano equivalia a pouco mais de cem ienes. Logo, a receita bruta gerada para a Panasonic pela transação foi de cerca de 100 bilhões de ienes.

Ou seja: convertendo para nossa moeda, a título de curiosidade, a venda das ações da Tesla pela Panasonic foi realizada por cerca de R$ 5,1 bilhões de reais, já que em 2020 um dólar americano valia, em média, R$ 5,15 reais, também segundo o IPEA.

Isso significa que a Panasonic faturou, na data do resgate, algo em torno de R$ 5 bilhões de reais. Nada mal para dez anos de investimento, não é verdade?!