O Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) divulgou, nesta quarta-feira (03), a nova taxa de juros da economia norte-americana. O Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) decidiu por aumentar a faixa-alvo dos fundos federais para 5 a 5,25% - a maior desde agosto de 2007 -, em decisão unânime e conforme esperado pelo mercado, no seu décimo aumento consecutivo em pouco mais de um ano.

Segundo nota da instituição, o comitê irá monitorar de perto todas as informações econômicas recebidas e avaliará as implicações para a política monetária do país.

O comunicado ressaltou que a atividade econômica expandiu-se em um ritmo modesto no 1º trimestre, mas os ganhos de empregos foram robustos nos últimos meses. A taxa de desemprego também permaneceu baixa, mas a inflação continua elevada.

Sistema bancário

O Fed buscou acalmar os mercados em seu comunicado, após as quebras de bancos médios nos EUA e o temor de contágio ao redor do globo: "O sistema bancário dos EUA é sólido e resiliente", o texto afirma. 

Meta de inflação

Embora as condições de crédito mais apertadas para famílias e empresas devam pesar na atividade econômica, em contratações e na inflação, a extensão dos efeitos ainda é incerta e o FOMC afirmou que permanecerá "altamente atento aos riscos de inflação".

A meta de inflação perseguida pelo Federal Reserve, a longo prazo, é de 2%. Atualmente, o índice está em 4,2% ao ano, segundo os últimos dados do Customer Prices Index (CPI), o preferido do Fed para medir a atividade econômica.