Payroll: EUA criam menos vagas do que o esperado, mas desemprego diminui
Entenda o que os dados do payroll significam para a economia global.
A economia dos Estados Unidos criou 187 mil empregos em julho, em termos líquidos, segundo dados publicados nesta sexta-feira, 4, pelo Departamento do Trabalho do país. O resultado ficou abaixo da mediana de expectativas de analistas consultados pelo Projeções Broadcast, de 205 mil vagas.
Já a taxa de desemprego dos EUA recuou para 3,5% em julho, ante 3,6% em junho. O consenso do mercado para o mês passado era de manutenção da taxa em 3,6%.
O Departamento do Trabalho revisou para baixo os números de criação de postos de trabalho de junho, de 209 mil para 185 mil, e também de maio, de 306 mil para 281 mil.
Em julho, o salário médio por hora teve alta de 0,42% em relação a junho, ou US$ 0,14, a US$ 33,74, variação que ficou acima da projeção do mercado, de 0,30%. Na comparação anual, houve ganho salarial de 4,36% no último mês, também superior à previsão de 4,20%.
Os dados mostraram a política monetária do Federal Reserve funcionando para frear a economia sem prejudicar o mercado de trabalho e animou os mercados. Após a divulgação, às 10h24, os futuros dos principais índices do país, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq 100 operavam com os futuros no positivo.
"O mercado de trabalho parece estar indo muito bem neste ponto do ciclo de negócios. Uma taxa de desemprego de 3,5%, você não pode reclamar disso", afirmou o economista-chefe da S&P Global Ratings nos Estados Unidos, Satyam Panday, ao site especializado CNBC. "É um bom caminho de descida. Gostaríamos que o crescimento dos salários caísse um pouco, mas o poder de compra do consumidor parece estar se mantendo bem."
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