O preço do ouro ultrapassou US$ 4.500 por onça (31,1 gramas) nesta quarta-feira (24) durante o pregão asiático. O metal precioso chegou a US$ 4.519,78 (R$ 24.940) por onça, acumulando alta de 70% desde janeiro de 2025.

O ouro é visto como um investimento seguro em momentos de incerteza. A forte valorização acontece porque investidores acreditam que o Federal Reserve (banco central dos EUA) vai continuar baixando os juros em 2026. Além disso, a tensão política entre Estados Unidos e Venezuela também está pressionando o preço para cima.

Não foi só o ouro que bateu recorde. Na terça-feira (23), a prata e o cobre também registraram os maiores valores da história. Já a platina alcançou o preço mais alto desde maio de 2008.

Especialistas explicam que parte dessa alta vem da escalada de tensão entre Washington e Caracas. Na segunda-feira (22), o presidente Donald Trump disse que seria "inteligente" se Nicolás Maduro deixasse o poder na Venezuela. Em 16 de dezembro, Trump anunciou bloqueio a navios petroleiros com sanções que saem ou vão para a Venezuela. Desde setembro, navios de guerra americanos estão no Caribe em operação contra o tráfico de drogas. O governo venezuelano acusa os EUA de tentar derrubar Maduro.

Apesar das tensões, os mercados financeiros estão animados com as perspectivas para o próximo ano. Na terça-feira, o índice S&P 500 de Wall Street bateu novo recorde após dados mostrarem que a economia americana cresceu 4,3% no terceiro trimestre, a maior taxa em dois anos e acima da previsão de 3,3%. Com a economia indo melhor que o esperado, os investidores agora acham menos provável que o Fed reduza os juros novamente no mês que vem.