45% dos brasileiros acreditam que criptomoedas podem conter inflação.
Segundo uma pesquisa realizada pela corretora de criptomoedas Gemini, divulgada na última sexta-feira (01), o Brasil lidera a adoção de criptomoedas na América Latina. A pesquisa contou com 1,7 mil participantes e, dentre eles, 41% possuem moedas digitais.
O ano de 2021 foi um destaque para o mercado de cripto entre os brasileiros: em torno de 51% dos que detêm moedas digitais na carteira começaram a investir no setor no ano passado.
Outras regiões também tiveram situações similares, como Hong Kong e Índia, que tiveram 54% e 51% dos donos de criptomoedas entrando no mercado somente no ano passado.
Entre os países da América Latina, os líderes de adoção de moedas digitais depois do Brasil são México e Colômbia, com 22% e 16% dos adultos possuindo criptomoedas, respectivamente.
Criptomoedas X Inflação
A pesquisa feita pela Gemini indicou que a inflação é um fator primário para a adoção de criptomoedas pelos respondentes.
Segundo o relatório, os participantes que tiveram uma desvalorização de 50% ou mais em sua moeda nacional - em comparação ao dólar - nos últimos dez anos, eram cinco vezes mais propensos a afirmar que planejavam adquirir criptomoedas neste ano em relação aos entrevistados de países que não sofreram com uma desvalorização tão grande.
No Brasil, 45% das pessoas acreditam que utilizar moedas digitais pode conter a inflação. Já nos Estados Unidos, a porcentagem de quem compartilha esse pensamento é de 40%.
Dentre os participantes americanos, cuja maioria não tem criptomoedas, apenas 16% acreditam que a indústria é um ótimo meio para proteção de riqueza.
Usuários das criptomoedas
Segundo a pesquisa, no Brasil, 55% dos investidores em criptos são homens e 45% são mulheres. Em outros países, a diferença de gênero é ainda maior. A Dinamarca foi o país que mostrou maior contraste, com 81% dos investidores homens e somente 18% de mulheres.
Já os EUA e a Alemanha apresentaram as mesmas porcentagens: 68% de investidores homens e 32% mulheres.
Poucos países apresentaram um número maior de investidoras, mas em Israel e na Indonésia a lógica se inverte: 51% dos investidores em criptomoedas são mulheres, enquanto 49% são homens.
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