US$ 32 bilhões de dólares: este é o valor globalmente investido em startups que oferecem tecnologias para lidar com as mudanças climáticas somente neste ano. O valor já supera tudo o que foi investido nas techs climáticas do mundo durante todo o ano de 2020, segundo relatório da empresa de análise de capital de risco Dealroom, feito em parceria com a agência de marketing London & Partners.

O investimento em tecnologia climática - que trabalha para reduzir as emissões de gases de efeito estufa ou lidar com os impactos das mudanças climáticas - mais do que quadruplicou desde 2016, segundo reportagem do site CNBC. Há cinco anos, os investimentos ficavam na casa dos US$ 6,6 bilhões de dólares.

O movimento ocorre em meio à urgência para frear as mudanças climáticas observadas e discutidas globalmente - a exemplo da 26ª Conferência do Clima das Nações Unidas (COP 26). O CEO da Blackrock, Larry Fink, disse recentemente à CNBC que espera que as próximas startups de US$ 1 bilhão sejam de tecnologia climática.

As startups que mais arrecadaram recursos neste ano foram as americanas, seguidas pelas chinesas, suecas e do Reino Unido. Ainda de acordo com o relatório, a Europa é a região que cresce mais rápido em tecnologia climática: o investimento europeu de capital de risco em startups do setor é sete vezes maior neste ano do que era em 2016 e passou de US$ 1,1 bilhão para US$ 8 bilhões de dólares.

Com exceção do Vale do Silício, nos Estados Unidos, Londres (na Inglaterra) abriga a maior concentração de startups de tecnologia climática no mundo, de acordo com o relatório. São 416 startups que foram criadas desde o Acordo de Paris - um pacto global firmado na COP21, em 2015, reunindo 200 nações na busca por evitar os piores impactos das mudanças climáticas. Segundo o relatório, juntas, essas empresas valem US$ 28 bilhões de dólares.

Laura Citron, CEO da London & Partners, em um comunicado sobre a pesquisa, afirmou que a indústria de tecnologia desempenha um papel fundamental para impulsionar a inovação na luta contra as mudanças climáticas e que o cluster de Londres está se unindo para enfrentar a crise climática global.