Superquarta: Fed aumenta juros dos EUA em 0,5%; veja como fica

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Superquarta: Fed aumenta juros dos EUA em 0,5%; veja como fica

O aumento foi o maior realizado nas últimas duas décadas. 

Foto: pasja1000/Pixabay.

O Federal Reserve (Fed) aumentou, conforme expectativas do mercado, as taxas de juros dos Estados Unidos em meio ponto percentual nesta superquarta (5). Foi a maior subida da taxa em duas décadas e o motivo é o combate à inflação.

Em conjunto com o aumento das taxas, o Fed indicou que começará a reduzir os ativos em seu balanço de US$ 9 trilhões de dólares. O banco central americano vinha comprando títulos na busca de manter as taxas de juros baixas e o dinheiro fluindo na economia, mas o aumento exagerado dos preços exigiu uma reformulação dramática da política monetária.

O novo plano apresentado nesta superquarta prevê a redução do balanço em fases, com o Fed permitindo que um nível limitado de rendimentos de títulos vencidos seja lançado a cada mês, enquanto reinveste o restante.

A partir de 1º de junho, o plano prevê US$ 30 bilhões de dólares em títulos do Tesouro e US$ 17,5 bilhões em títulos lastreados em hipotecas. Após três meses, o limite para títulos do Tesouro aumentará para US$ 60 bilhões de dólares e US$ 35 bilhões para hipotecas. Os números estão alinhados com as discussões e a ata da última reunião do Fed.

Respostas dos mercados

Os mercados estavam preparados para ambos os movimentos, mas mesmo assim foram voláteis ao longo do ano. A expectativa agora é a de que o Fed continue aumentando as taxas agressivamente pelos próximos meses, com um possível aumento de 75 pontos-base em junho.

O aumento da taxa divulgado hoje deve empurrar a taxa dos fundos federais para uma faixa entre 0,75% e 1%. Os preços atuais do mercado terão a taxa subindo para um patamar entre 3% e 3,25% até o final do ano, de acordo com dados do CME Group.

Comunicado do Fed

O comunicado de alta dos juros observou que a atividade econômica "caiu no primeiro trimestre", mas observou que "os gastos das famílias e o investimento fixo das empresas permaneceram fortes" e a inflação "continua elevada".

Por fim, a declaração abordou o surto de Covid na China e as tentativas do governo do país para resolver a situação: "os bloqueios relacionados ao COVID na China provavelmente exacerbarão as interrupções na cadeia de suprimentos. O Comitê está muito atento aos riscos inflacionários", disse o comunicado.

Embora alguns membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) tenham pressionado por maiores aumentos nas taxas, o movimento de alta desta superquarta recebeu apoio unânime.

O aumento de 50 pontos-base é o maior do FOMC desde maio de 2000, quando o Fed estava lutando contra os excessos do início da era pontocom e com a bolha da internet.

Da última vez em o Fed foi tão agressivo com aumento de taxas, a taxa de fundos chegou a 6,5% - e o banco foi forçado a recuar apenas sete meses depois, devido à combinação de uma recessão já em andamento com os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

Segundo o site CNBC, alguns economistas temem que o Fed possa enfrentar a mesma situação desta vez – deixando de agir sobre a inflação quando ela estava subindo e depois apertando diante da desaceleração do crescimento.

O PIB americano já caiu 1,4% no primeiro trimestre. Mesmo que o número se deva a fatores externos, como o aumento dos casos de Covid e o Fed liberando seus títulos ao mercado, o alerta de uma possível recessão à frente segue ligado.

E você, o que achou do aumento de juros na economia norte-americana? 

 

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Quinta, 21 Novembro 2024

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