A inflação segue em alta nos Estados Unidos (EUA), apesar de um ano de aumentos consecutivos nas taxas de juros. Em março, o índice de preços das despesas de consumo pessoal - excluindo alimentos e energia  -aumentou 0,3% no mês, em linha com a estimativa dos especialistas do Dow Jones.

Os dados do PCE - índice de inflação preferido pelo Federal Reserve (Fed) - foram divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Departamento de Comércio americano. Na base anual, o núcleo PCE aumentou 4,6%, ligeiramente acima da expectativa, que era de 4,5%.

Incluindo os preços voláteis de alimentos e energia, o PCE também subiu apenas 0,1% no mês, o que equivale a um aumento anual de 4,2%, quase 1 ponto percentual (p.p) abaixo do medido em fevereiro, de 5,1%. A medida chegou a cerca de 7% ao ano em junho de 2022 - o nível mais alto desde o início dos anos 80.

Os preços da energia caíram 3,7% no mês, enquanto os custos dos alimentos caíram 0,2%. Os preços dos bens de consumo caíram 0,2%, enquanto os serviços aumentaram 0,2%.

Já o índice de custo do emprego aumentou 1,2% no primeiro trimestre, ficando acima da estimativa, que era de 1%.

Embora a renda pessoal tenha aumentado 0,3% no mês, os gastos do consumidor ficaram estáveis em março, como esperado pelo especialistas.

Com as taxas anuais atingindo cerca de metade dos picos atingidos em 2022, mas ainda bem acima da meta de 2% determinada pelo Fed, os juros devem continuar subindo na terra do Tio Sam. A próxima decisão de juros será na semana que vem, com resultado na superquarta, no mesmo dia da decisão de juros do Banco Central brasileiro.

Desde março de 2022, o Fed elevou a taxa básica de juros da economia norte-americana nove vezes, totalizando 4,75 p.p. 

A expectativa dos mercados é de que o Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), que define as taxas, aprove outro aumento de um quarto de ponto percentual na reunião da próxima semana, o que levaria à taxa de juros na faixa de 5%.

E você, o que espera da economia norte-americana? Também acredita que o Fed vai seguir subindo os juros? Conte para a gente!