O PCE (principal indicador econômico utilizado pelo Federal Reserve - Fed) subiu 0,3% em setembro e 6,2% na base anual, mostrando que a inflação permanece forte nos Estados Unidos - porém, dentro das expectativas do mercado e de investidores. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (28) pelo Bureau of Economic Analysis (BEA).

O núcleo do índice de preços das despesas de consumo pessoal aumentou 0,5% em relação ao mês anterior e acelerou 5,1% nos últimos 12 meses, conforme mostrou o relatório.

Os ganhos mensais ficaram em linha com as estimativas da Dow Jones, enquanto o aumento anual ficou ligeiramente abaixo da previsão de 5,2%.

Mais dados econômicos

O BEA também informou que a renda pessoal aumentou 0,4% em setembro, um décimo de ponto percentual acima da estimativa. Os gastos medidos por meio de gastos de consumo pessoal aumentaram 0,6%, acima da estimativa de 0,4%.

No entanto, quando ajustados pela inflação, os gastos aumentaram apenas 0,3%. A renda pessoal disponível, ou o que sobra depois de impostos e outros encargos, subiu 0,4% no mês, mas ficou estável em uma base ajustada pela inflação.

Segundo o site CNBC, o Fed prefere a leitura de preços do PCE devido ao ajuste com o comportamento do consumidor, em particular a substituição de bens menos caros, para determinar aumentos do custo de vida ao invés de medir apenas movimentos de preços.

Aumento de juros

O Fed já está preparado para aprovar seu sexto aumento da taxa de juros em 2022 na sua próxima reunião de política monetária, que ocorre semana que vem. Em um esforço para combater a inflação, que está em seu ritmo mais rápido em quase 40 anos, o Fed vem aumentando as taxas: foram 3 pontos percentuais (p.p.) até agora.

A maioria dos agentes dos mercados esperam que o Fed promulgue seu quarto aumento consecutivo de 0,75 p.p. na reunião, e depois diminua o ritmo de alta. Há também analistas prevendo um aumento menor da taxa de juros, de 0,5 p.p.

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