A crise de petróleo agravada pela guerra na Ucrânia assusta países extremamente dependentes da commodity. Porém, estão em alta as vendas de veículos elétricos: no primeiro trimestre de 2010, eram apenas 395 automóveis da categoria vendidos ao ano no mundo. No fim de 2022, o número de vendas do último trimestre bateu 1,7 milhão de unidades - 935 mil somente na Ásia.

No primeiro trimestre de 2010, os carros elétricos correspondiam a apenas 0,002% do total de vendas globais de veículos. No último trimestre de 2021, os VEs já representavam 10,8% das vendas.

Embora seja uma mudança de paradigma e que pode levar tempo, a venda dos veículos elétricos segue aumentando. As vendas dos VEs não possuem uma distribuição uniforme, mas a Europa é a líder de compras, com 17,4% de carros novos vendidos com plug elétrico.

Em segundo lugar está a Ásia, com 12% de veículos elétricos vendidos. As Américas ainda têm resultado insipiente: ficaram com o terceiro lugar, somando menos de 4% das vendas.

A China, que tem o maior mercado automotivo do mundo, tinha quase 20% de vendas de automóveis elétricos no final de 2021. Na Inglaterra, o setor elétrico ficou com cerca de 30% das vendas.

A procura pelos veículos elétricos diminui, por consequência, a venda de outros modelos no mercado, principalmente os de motores a diesel e combustão interna. Há sete anos, motores a diesel eram os responsáveis por mais da metade das vendas. No final de 2021, representavam menos de um décimo das vendas.

Mesmo com o aumento na venda de carros elétricos, a frota automotiva global ainda não foi muito impactada: mais de um bilhão de veículos circulam pelas estradas e ainda irão contribuir muito com o consumo de petróleo no mundo.

Com o aumento da frota elétrica, a demanda por petróleo para fins de locomoção deve diminuir com o tempo.

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