A Bolsa de Valores brasileira (B3) anunciou a abertura de uma nova sede na Ásia, localizada na cidade-estado de Singapura. A abertura desse novo escritório deve facilitar o atendimento de clientes que residem na Ásia e na Oceania.

Singapura foi escolhida como sede por ser um grande centro financeiro asiático, além disso a cidade-estado tem uma localização estratégica que dá acesso a países que possuem clientes em potencial para a B3.

Sérgio Gullo, diretor de desenvolvimento de Negócios Internacionais na Ásia e na Oceania da B3, é o executivo à frente do novo escritório da B3 em Singapura. Para Gullo, em entrevista no site oficial para o site da B3, "A representação em Singapura tem como objetivo aproximar a B3 das demais bolsas asiáticas, atender as demandas dos clientes daquela região e também mapear o potencial de novos clientes interessados em investir nos ativos brasileiros".

Além do novo escritório, a B3 possui três outras sedes internacionais, localizadas em Chicago, nos Estados Unidos, Londres, na Inglaterra e em Xangai, na China.

B3 no mercado internacional

Um tema discutido no "B3 Talks", programa da bolsa brasileira disponível no Youtube e no Spotify, foi a relação da B3 com o mercado internacional, incluindo o mercado asiático.

Durante o programa ocorreu uma conversa sobre o potencial de mercados em situação emergente, como o mercado brasileiro. Além disso, nessa conversa também foram discutidas as oportunidades disponibilizadas para as empresas mundiais de trading que buscam investir em outros mercados.

Segundo Gullo, os mercados brasileiros e a B3 podem ser muito atraentes e competitivos: "Temos a infraestrutura, a expertise e estamos preparados para receber em nossos mercados grupos de trading proprietário internacionais em busca de novas oportunidades de negócios".

Existem dados que comprovam o crescimento do interesse em investir no Mercado brasileiro. Nos últimos cinco anos, o Brasil foi indicado como um dos mercados derivativos que mais cresceram de forma global.

Os estrangeiros que investem no mercado de ações brasileiro correspondem a 48% do volume desse mercado. Já no mercado de derivativos esse volume é de 47%, grande parte composto por investidores vindos da Ásia.

Will Meeting, CEO da Acuiti, plataforma que gerencia pesquisa concentrada no mercado de derivativos, comentou ao site oficial da B3 sobre a perspectiva do mercado internacional no mercado brasileiro. Para ele, uma das principais vantagens para estrangeiros em investir no Brasil é a volatilidade na interação com vários participantes do mercado.