Os principais índices dos Estados Unidos recuaram nesta sexta-feira (5), após atingirem recordes intradiários, diante de dados de emprego de agosto abaixo do esperado. Foram criadas apenas 22.000 vagas, contra 75.000 previstas, reforçando preocupações com uma possível desaceleração econômica e reduzindo parte do otimismo em torno de cortes de juros pelo Federal Reserve.

Futuros ligados à taxa básica do Fed indicam agora 11,6% de chance de um corte de 50 pontos-base ainda este mês. Kevin Gordon, estrategista sênior da Charles Schwab, afirmou que "se o Fed corta taxas em resposta ao enfraquecimento do emprego, não é um cenário otimista para ações".

Setores sensíveis à economia recuaram: bancos caíram 2,3%, energia 2% e industriais 1,1%. O BofA Global Research revisou suas projeções, antecipando cortes de 0,25 ponto percentual em setembro e dezembro.

Por volta das 11h51 (horário do leste dos EUA), o Dow Jones caiu 0,59%, o S&P 500 recuou 0,49% e o Nasdaq perdeu 0,23%. Broadcom avançou 9%, impulsionando o índice de semicondutores Philadelphia SE em 1,1%, após projeções de receita positiva de IA. O setor imobiliário subiu 0,7%, e o Índice de Habitação da Filadélfia avançou 2%, atingindo a maior alta em oito meses.

Apesar de setembro historicamente fraco, S&P 500 e Nasdaq caminham para ganhos semanais, enquanto o Dow Jones indica queda semanal. Investidores aguardam os dados de preços ao consumidor na próxima semana, que podem influenciar decisões do Fed.

No mercado corporativo, Tesla subiu 2,8% com pacote de remuneração de US$ 1 trilhão para Elon Musk, vinculado a metas de desempenho, enquanto Lululemon despencou 18,3% após reduzir sua previsão de lucro anual pelo segundo trimestre consecutivo, arrastando também a Nike (-1,6%).

Na NYSE, ações em alta superaram as em queda em 1,48 para 1; na Nasdaq, a proporção foi de 1,12 para 1. O S&P 500 registrou 28 novas máximas e três mínimas de 52 semanas, enquanto o Nasdaq apresentou 114 novas máximas e 77 mínimas.

Com informações de Reuters