Alerta de correção em Wall Street acende sinal amarelo para traders
Índices caem após executivos de grandes bancos preverem correção de até 15%
Os principais índices de Wall Street caíram nesta terça-feira (4), após executivos de grandes bancos americanos alertarem para uma possível correção no mercado, estimada entre 10% e 15%. O tom cauteloso dos CEOs do Morgan Stanley e do Goldman Sachs reforçou a preocupação com as altas avaliações das empresas de tecnologia, que vinham sustentando a recente sequência de ganhos.
Por volta das 13h36 (horário de Brasília), o Dow Jones recuava 0,3%, o S&P 500 caía 0,7% e o Nasdaq perdia 1,2%. O índice de volatilidade VIX atingiu o maior nível em duas semanas, indicando aumento na aversão ao risco.
O setor de tecnologia liderou as perdas. As ações da Palantir (PLTR.O) caíram 7,5%, mesmo após a empresa projetar receita acima das expectativas. Alphabet (GOOGL.O) caiu 2,3%, Nvidia (NVDA.O) perdeu 1,8% e Microsoft (MSFT.O) recuou 0,7%. O setor respondeu pela maior parte da queda do S&P 500.
Após um outubro de fortes altas impulsionado pela euforia com a inteligência artificial, o mercado começa a mostrar sinais de realização. Investidores questionam se o ritmo de valorização é sustentável, especialmente com dúvidas sobre a real capacidade de monetização das novas tecnologias.
Nos bastidores, operadores aguardam os balanços da AMD e da Super Micro Computer, que serão divulgados após o fechamento. Mais de 83% das empresas do S&P 500 que já divulgaram resultados superaram as estimativas, mas o tom de cautela prevalece.
A paralisação do governo americano e a escassez de novos dados econômicos aumentam a incerteza sobre os próximos passos do Federal Reserve. O mercado acompanha de perto o relatório de empregos da ADP, que será divulgado nesta quarta-feira (5), buscando pistas sobre o rumo dos juros.
Na NYSE, o número de ações em queda superou o de altas na proporção de 2,19 para 1. Na Nasdaq, a relação foi de 2,61 para 1, refletindo o predomínio de realizações e ajustes nas posições após um dos meses mais fortes do ano para a bolsa americana.
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