Vale: o que esperar da mineradora após queda no 1° trimestre

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Vale: o que esperar da mineradora após queda no 1° trimestre

Segundo analistas do Goldman Sachs, alcançar as metas será desafiador daqui para frente.

Foto: PDPhotos/Pixabay.

Os dados de produção da Vale no primeiro trimestre de 2022 não atenderam as expectativas dos investidores. A produção total de minério de ferro foi de 63,9 milhões de toneladas - uma queda de 6% em relação ao mesmo período do ano passado.

A produção de cobre e níquel também sofreu: ambas caíram 26% e 5,4%, respectivamente, comparadas aos resultados do ano de 2020.

Em contrapartida, a produção de pelotas subiu 10,1% na mesma comparação: para 6,924 milhões de toneladas.

Opinião dos especialistas

Goldman Sachs

Para o Goldman Sachs, os volumes da Vale no primeiro trimestre deste ano ficaram abaixo das estimativas, mas o desempenho da mineradora não foi uma surpresa para os investidores devido aos acontecimentos durante o período.

Segundo os analistas Gabriel Simões, Henrique Marques e Marcio Farid, os números divulgados pela mineradora apontam para um Ebitda de US$ 6,8 bilhões de dólares.

"Com produção fraca tanto em minério de ferro quanto em cobre, nós acreditamos que alcançar a parte de baixo das metas será desafiador", afirmaram os analistas do Goldman Sachs ao Valor Investe.

"Esperamos que os preços de minério se mantenham no curto prazo com a alta na produção de aço da China", acrescentaram. Com os dados de construção na China fracos, os analistas acreditam que isso pode ser um indício de uma queda estrutural na demanda da commodity.

A recomendação do Goldman Sachs é neutra para a Vale, com preço-alvo em US$ 19,5 dólares para os recibos de ação (ADRs).

Citi

De acordo com o Citi, a produção da mineradora foi fraca no primeiro semestre, mas esse resultado já era esperado pelo banco, apesar da retração do cobre ter vindo mais fraca do que o estimado.

As fortes chuvas e os desafios no sistema Norte acabaram prejudicando a produção de minério de ferro, segundo os analistas Alexander Hacking e Stefan Weskott, também para o Valor Econômico.

"A meta foi mantida entre 320 e 335 milhões de toneladas, mas o consenso do mercado já está indo para a parte de baixo", afirmaram os especialistas. Além disso, as vendas também ficaram abaixo da produção, em torno de três milhões de toneladas.

A recomendação do Citi é neutra para a Vale, com preço-alvo em US$ 21 dólares para os recibos de ação (ADRs).

BofA

Segundo o Bank of America (BofA) na mesma reportagem, as chuvas que ocorreram no início do ano e o atraso na emissão de licenças impactaram os resultados da Vale. Mas as vendas de minério de ferro e pelotas atenderam as expectativas do banco.

Para o BofA, o Ebitda da mineradora deve ficar em US$ 6,6 bilhões de dólares no primeiro trimestre. A análise é de Caio Ribeiro, Leonardo Neratika e Guilherme Rosito. O resultado permanece dentro do esperado pelo banco.

Quanto ao resultado da produção de cobre e níquel, o BofA culpou a manutenção em Sossego e Onça Puma, no Pará, que levou mais tempo do que o esperado - e a retomada gradual em Sudbury, no Canadá.

A recomendação do BofA é neutra para a Vale, com preço-alvo em US$ 20 dólares para os recibos de ação (ADRs).

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Domingo, 07 Julho 2024

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