Dólar despenca e atinge pior sequência em décadas enquanto mercados globais avançam

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Dólar despenca e atinge pior sequência em décadas enquanto mercados globais avançam

O enfraquecimento do mercado de trabalho americano fortalece expectativas de redução de 0,25 ponto e movimenta Ásia Europa e EUA

Foto: GettyImages

Um gráfico do índice alemão DAX foi exibido na Bolsa de Frankfurt em (25) de novembro de 2025. As ações globais registraram leve alta nesta quinta-feira (4), apoiadas pela expectativa de que o Fed deve cortar os juros na próxima semana, após novos dados mostrarem desaceleração do emprego nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, o dólar caiu pelo décimo dia seguido, caminhando para sua maior sequência de perdas em mais de 50 anos.

As ações japonesas se destacaram, com o Nikkei subindo 2%, impulsionado pela valorização da Fanuc. Na Europa, o STOXX 600 avançou 0,1%, mantendo um ritmo modesto, mas positivo, para a semana.

Nos Estados Unidos, os futuros de ações sinalizaram abertura estável, após a forte alta de quarta-feira (3), quando o Russell 2000 subiu 1,9% e o S&P 500 avançou pelo segundo dia consecutivo. O movimento veio depois da maior queda nos empregos privados em mais de 2 anos e meio, além de uma pesquisa que apontou estabilidade no setor de serviços, mas contratação mais fraca em novembro.

Os contratos futuros do Fed Funds indicam quase 90% de probabilidade de um corte de 0,25 ponto na reunião de (10) de dezembro, acima dos 83,4% registrados há uma semana, segundo o CME FedWatch.

O índice do dólar caiu 0,05%, acumulando 10 dias consecutivos de queda, a maior sequência desde 1971. Já o rendimento do Treasury de 10 anos subiu para 4,083%, após o Financial Times informar que investidores expressaram preocupação ao Tesouro americano sobre Kevin Hassett, possível substituto de Jerome Powell, poder defender cortes de juros mais agressivos alinhados às preferências de Donald Trump.

O estrategista Michael Brown, da Pepperstone, afirmou que Hassett, assim como o governador Stephen Miran, pode enfrentar dificuldades para obter votos suficientes dentro do FOMC caso defenda reduções drásticas sem um argumento econômico consistente.

No Japão, um leilão de títulos públicos de 30 anos teve a maior demanda em seis anos, reduzindo parte das preocupações sobre a saúde fiscal do país. O rendimento desses títulos caiu para 3,39%. O iene subiu 0,4%, chegando a 154,67 por dólar, encaminhando-se para sua melhor semana em mais de dois meses. A moeda foi impulsionada por informações de que o Banco do Japão deve elevar os juros em dezembro, com o governo disposto a tolerar a decisão.

O yuan teve leve desvalorização, levando o dólar a subir 0,1% para 7,0664 yuans nas negociações offshore em Hong Kong. Na (3), a moeda chinesa havia atingido seu nível mais forte contra o dólar em mais de um ano.

Os metais preciosos devolveram parte das altas recentes: o ouro caiu 0,3% para US$ 4.192 por onça, enquanto a prata recuou 1,8% para US$ 57,41, após bater a máxima histórica de US$ 58,98 na (3). O petróleo Brent avançou 0,4% e atingiu US$ 62,92 o barril. 

 

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Quinta, 04 Dezembro 2025

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