Petrobras deve investir R$16 bilhões na Bacia de Campos

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Petrobras deve investir R$16 bilhões na Bacia de Campos

A região conta com importantes reservas de petróleo na camada Pré-sal. 

Foto: PxHere.

R$16 bilhões de reais: esse é o capital que a Petrobras planeja investir na revitalização da Bacia de Campos - região com importantes reservas na camada Pré-sal - nos próximos cinco anos. O valor representa 23% da estimativa total de investimentos da estatal de 2022 até 2026, que é de US$ 68 bilhões de dólares - 24% a mais do que no quinquênio anterior.

Localizada desde as imediações da cidade de Vitória, no Espírito Santo, até Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, a Bacia de Campos é a segunda maior produtora de petróleo do país depois da Bacia de Santos.

A notícia do investimento veio junto com a confirmação da desistência da venda do "campo de Marlim", que deverá contar com duas novas unidades a partir de 2023. Descoberto em 1985, o campo de Marlim, na Bacia de Campos, está cerca de 110 quilômetros distante do litoral do Rio de Janeiro.

Atualmente o Pré-sal já corresponde a mais de 70% da produção da Petrobrás, segundo fala do presidente da estatal, Joaquim Luna e Silva, durante o Petrobras Day, no final de 2021. Das 15 novas plataformas do tipo Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência (FPSO) que devem entrar em operação até 2026, 12 estão no Pré-sal.

Apesar da venda da refinaria Abreu e Lima (RNEST), em operação em Pernambuco desde 2014, seguir no horizonte, ela deverá receber um investimento de US$ 1 bilhão de dólares para finalizar sua segunda unidade de refino. Quando pronta, até 2027, a unidade deve ampliar a capacidade de produção de 115 mil para 260 mil barris por dia (bpd) - o que, para os executivos da estatal, deve ajudar a concluir a venda, que consta no programa de desinvestimentos da companhia.

Ao todo, US$ 6,1 bilhões de dólares serão investidos na área de refino, embora a estatal pretenda manter em 2026 apenas cinco das 13 refinarias que possui nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Alta dos combustíveis

Os investimentos do quinquênio não devem afetar diretamente os preços dos combustíveis, segundo fala do diretor de comercialização e logística Cláudio Mastella, no Petrobras Day. Segundo ele, os preços "não são definidos pelo investimento, mas pelos mercados".

Desde 2016, a Petrobras adota a Política de Preços de Paridade de Importação (PPI), que vincula o preço do petróleo ao mercado internacional. Para isso, a referência é o preço do barril tipo brent, calculado em dólar. Assim, as variações da moeda repercutem como alta no valor cobrado pelos postos na venda de combustíveis.

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Domingo, 24 Novembro 2024

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