Dólar tem mínima a R$ 4,99 após oscilar com dados dos EUA e com teto de dívida no foco
No exterior, a expectativa por acordo em torno do teto da dívida dos Estados Unidos no curto prazo aumenta.
O dólar reduziu a queda intradia ante o real, à casa dos R$ 5,02 reais na manhã desta sexta-feira (26) acompanhando os ajustes no exterior, com o índice DXY diminuindo perdas e os juros dos Treasuries passando a subir após os dados de inflação e atividade dos Estados Unidos. Lá fora, a expectativa por acordo em torno do teto da dívida dos Estados Unidos no curto prazo aumenta após o jornal The New York Times e a Reuters informarem que altos funcionários da Casa Branca e legisladores republicanos estão nos últimos detalhes e redigindo acordo para o teto da dívida.
Três fontes, sob condição de anonimato, afirmaram que o acordo aumentaria o limite da dívida por dois anos, limitando os gastos federais em todas as áreas, exceto militares e veteranos, pelo mesmo período. As autoridades estão correndo para consolidar um acordo a tempo de evitar um calote federal projetado para acontecer em apenas uma semana.No Brasil, uma entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, à Globonews (às 16 horas) desperta atenção entre os investidores. Também por aqui, os dados do setor externo do País vieram piores que o esperado pelos analistas financeiros.
O diretor da corretora Correparti, Jefferson Rugik, disse que o mercado ajustou-se aos dados de inflação do índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos EUA com núcleos mensal e anual acima do previsto e de encomendas de bens duráveis melhores que as projeções dos analistas, à medida que os indicadores norte-americanos reforçam as chances de um novo aumento de 25 pontos-base nos juros dos Estados Unidos em junho.
Porém, segundo ele, o dólar volta a ampliar as perdas ante o real, com as expectativas por acordo em torno do teto da dívida dos Estados Unidos no curto prazo. O fluxo comercial segue positivo, segundo ele.
Logo depois dos dados divulgados, o dólar à vista voltou a acelerar perdas e registrou mínima a R$ 4,9990 reais (queda de 0,72%).
Às 9h56, o dólar à vista perdia 0,48%, a R$ 5,0105 reais. O dólar junho recuava 0,58%, a R$ 5,0115 reais.
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