O dólar iniciou esta segunda-feira (15) em queda, acompanhando a atenção do mercado aos dados econômicos do Brasil e dos Estados Unidos. Por volta das 9h, a moeda norte-americana recuava 0,20%, sendo cotada a R$ 5,39. Na sexta-feira, o dólar havia encerrado o dia em leve alta, a R$ 5,41. O Ibovespa começa a operar às 10h.

Os investidores iniciam a semana de olho em indicadores que ajudam a medir o ritmo da economia e a definir expectativas sobre juros. No Brasil, o principal destaque do dia é a divulgação do IBC-Br, considerado a prévia do PIB. O indicador mostrou queda de 0,2% em outubro, sinalizando uma desaceleração da atividade econômica, resultado próximo ao que o mercado já esperava.

Mais cedo, o Banco Central divulgou o boletim Focus, que apontou nova redução nas projeções de inflação para 2025 e 2026. As estimativas de crescimento do PIB foram mantidas, com expectativa de alta de 2,25% em 2025 e 1,80% em 2026. A projeção para a Selic segue em 15% ao ano ao fim de 2025, indicando que os juros devem permanecer elevados por mais tempo.

O desempenho mais fraco da economia reforça o cenário de cautela do Banco Central, que na semana passada manteve os juros altos e afirmou que essa postura ainda é necessária para controlar a inflação. Em outubro, apenas a agropecuária teve crescimento, enquanto indústria e serviços registraram queda.

No exterior, os investidores acompanham dados da atividade industrial nos Estados Unidos e discursos de dirigentes do Federal Reserve, que podem trazer sinais sobre os próximos passos da política de juros no país. Esse cenário também influencia o comportamento do dólar frente a outras moedas.

Nos mercados globais, as bolsas de Wall Street operam em alta no início do dia, após as perdas registradas na semana passada. Na Europa, os principais índices também sobem, acompanhando o movimento positivo dos Estados Unidos. Já na Ásia, as bolsas fecharam em queda, pressionadas por dados fracos da economia chinesa e preocupações com o setor imobiliário.

Com isso, o dia começa com o dólar em baixa e o mercado financeiro operando com cautela, atento aos dados econômicos e às sinalizações sobre juros no Brasil e no exterior.