Ações americanas podem cair mais 10%? Segundo este analista, sim
Entenda a previsão do estrategista-chefe de mercados do Morgan Stanley.
Para Mike Wilson, estrategista-chefe de mercados do Morgan Stanley, a venda de ações que tem acontecido no mercado americano é apenas o início de um movimento maior. A declaração foi dada a Brian Sozzi, âncora do site Yahoo!finance.
Segundo Wilson, embora as ações médias tenham sofrido um pouco de queda até o momento, "as principais médias ainda têm uma queda de 10% a partir daqui", afirmou o analista durante a entrevista.
Para o estrategista, com o bear market atual, o mercado provavelmente sentirá uma nova pressão da desaceleração do crescimento econômico - devido aos reflexos da pandemia - e redução dos lucros corporativos.
"Estamos vendo uma desaceleração no crescimento. Nossa visão é que vai desacelerar mais do que o modelado", acrescentou Wilson. Ele apontou o enfraquecimento do estímulo fiscal e, consequentemente, da inflação, como riscos negativos para o crescimento.
Segundo Sozzi, o ano começou muito menos frutífero do que muitos profissionais esperavam nas bolsas americanas. Com isso, as preocupações se voltam para as taxas de juros, que tendem a se tornar mais altas em breve.
Queda nas ações de tecnologia
Na semana passada, o Nasdaq Composite caiu no território de correção - um declínio de 10% em relação a uma alta recente. Ações de tecnologia que estavam em alta venderam mais nas últimas semanas – as ações da Roku - que vende dispositivos para streaming -, por exemplo, caíram 52% nos últimos três meses.
Segundo a pesquisa de Wilson, o preço de 40% das empresas listadas na Nasdaq foi corrigido em 50% ou mais.
Segundo dados do Yahoo Finance Plus, todos os cinco componentes do complexo FAANG (Facebook/Meta, Apple, Amazon, Netflix e Google), de alto crescimento e amplo porte, caíram mais de 4% no acumulado de 2021. As perdas do FAANG foram acompanhadas por uma queda de 13% na Netflix, após seu balanço negativo divulgado na quinta-feira (20).
Já o índice S&P 500 caiu apenas 4% no ano, em meio ao otimismo persistente sobre os lucros corporativos.
O que esperar da bolsa americana?
Wilson afirmou estar de olho nos relatórios que vêm sendo divulgados. "O que queremos é que as expectativas caiam, seja por meio de preços ou por meio de previsões de lucros. Se isso acontecer, nos sentiremos mais confortáveis. Muitas suposições de margem são inatingíveis. Achamos que as avaliações ainda estão insustentavelmente altas nos níveis do índice", afirmou o analista.
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