Nesta sexta-feira (20), Elon Musk aterrissou no Brasil para tratar de negócios com o presidente Jair Bolsonaro, políticos e empresários locais. O encontro foi em Porto Feliz, no interior de São Paulo e, nele, foi divulgada a parceria entre o governo federal e a Starlink - empresa de satélites do bilionário.

De acordo com Musk, a tecnologia de sua empresa será utilizada para monitorar a floresta amazônica e disponibilizar internet para 19 mil escolas localizadas em áreas rurais da região norte do país. O bilionário não especificou detalhes ou prazos do projeto.

A Starlink faz parte da SpaceX, empresa de tecnologia espacial também pertencente a Musk. O foco da Starlink é desenvolver uma plataforma de satélites de baixo custo e alto desempenho para criar um novo sistema de comunicação mundial baseado na internet.

A parceria foi confirmada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, que explicou como a tecnologia da Starlink deve ser benéfica para o país: "tecnologia avançada para a preservação da floresta amazônica, com monitoramento de desmatamentos e incêndios ilegais", disse.

A Starlink é conhecida por vender seus serviços majoritariamente para clientes convencionais, não para governos. Também não foram divulgadas mais informações sobre o funcionamento da parceria, como o valor cobrado pelo serviço das empresas do homem mais rico do mundo.

Nesta manhã, Musk postou em sua conta no Twitter: "estou animado por estar no Brasil para lançar a Starlink para 19 mil escolas em áreas rurais e contribuir com o monitoramento ambiental da amazonia".

O mapa de cobertura da Starlink mostrou que a região Norte do Brasil ainda não possui acesso à internet por meio de satélites. Como a empresa acrescenta satélites constantemente, isso pode mudar em breve.

Região Norte

Mesmo com o programa "Norte Conectado", criado com o objetivo de melhorar a infraestrutura para aumentar o acesso à internet na região, a área ainda tem acesso precário ao serviço.

Uma das iniciativas previstas pelo programa é a implantação de fibra óptica subfluvial, que teria auxílio prestado pela Starlink a fim de expandir a conexão no Amazonas e região.

Starlink

A empresa começou a atuar no Brasil em fevereiro deste ano, após liberação da Anatel (Agência Nacional das Telecomunicações).

O diferencial da Starlink é o fornecimento de internet por uma constelação de pequenos satélites de baixa órbita, que circulam ao redor da Terra e resultam em uma velocidade de aproximadamente 100 Mbps (megabits por segundo), enquanto outras empresas que trabalham com outro tipo de satélite, o estacionário, conseguem chegar apenas até 20 Mbps.

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