Vice-ministro russo acusa EUA de tentar minar o grupo BRICS
Os Estados Unidos não gostam de tudo o que está além de seu controle segundo a Russia
"Os Estados Unidos não gostam de tudo o que está além de seu controle, por isso estão conduzindo um trabalho de bastidores para minar os BRICS", afirmou Ryabkov em entrevista. Ele acrescentou que qualquer iniciativa que desafie a monoliderança e a hegemonia americana enfrenta rejeição por parte de Washington, incluindo esforços para perturbar projetos e complicar as atividades de instituições importantes do grupo, como o Banco de Desenvolvimento dos BRICS.
Ryabkov também destacou a resiliência do grupo frente às pressões externas, mencionando que os membros do BRICS mantêm canais, mecanismos e formas de cooperação eficazes que continuam a se desenvolver, apesar da resistência dos EUA. Ele ressaltou o entusiasmo e o interesse vigoroso dos novos países que recentemente aderiram ao bloco, indicando que essas nações estão integradas e contribuindo positivamente para a associação.
"Os países que aderiram à associação expressam grande entusiasmo e grande interesse. Seu objetivo é obter resultados. Não há nenhum sentimento de que estejam causando dificuldades adicionais dentro da associação", comentou o diplomata.
Desde sua formação em 2006, o grupo BRICS passou por duas ondas de expansão. Em 2011, a África do Sul se juntou ao grupo original de Brasil, Rússia, Índia e China. Mais recentemente, em agosto de 2023, seis novos membros foram convidados a se unir, embora a Argentina tenha posteriormente decidido não aderir após a eleição do presidente Javier Milei em dezembro do mesmo ano. Os outros novos membros — Egito, Irã, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita e Etiópia — começaram a participar ativamente do BRICS a partir de 1º de janeiro de 2024.
Ryabkov também abordou a cultura de cooperação dentro do BRICS, enfatizando a importância de superar divergências internas e avançar em uma direção positiva. "Apelaremos a todos os potenciais associados para que deixem de lado os seus problemas, divergências e preocupações relativamente ao comportamento de qualquer outro membro da associação. Não é fácil, mas a nossa experiência mostra que é possível", concluiu.
Esta acusação surge em um contexto de tensões geopolíticas crescentes, onde as dinâmicas de poder entre as nações estão cada vez mais complexas e o papel dos blocos econômicos como o BRICS se torna crucial no cenário mundial.
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