Taxa de desemprego no Brasil cai ao menor nível desde início de 2015; veja!

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Taxa de desemprego no Brasil cai ao menor nível desde início de 2015; veja!

Dados da Pnad Contínua foram divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira, 29.

Trabalhadores em um café. Foto: Freepik.

A taxa de desocupação no Brasil caiu para 7,8% no trimestre encerrado em agosto, de acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados há pouco pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o resultado, o índice atingiu o nível mais baixo em oito anos e meio: é o menor desde 2015.

O resultado veio em linha com a mediana das previsões de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast. O intervalo de estimativas para a taxa de desemprego ia de 7,7% a 7,9%, com mediana de 7,8%.

Em igual período de 2022, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 8,9%. No trimestre móvel até julho, a taxa de desocupação estava em 7,9%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.947 no trimestre encerrado em agosto. O resultado representa alta de 4,60% em relação ao mesmo trimestre de 2022.

Recorde de renda

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 288,9 bilhões no trimestre encerrado em agosto, alta de 5,50% ante igual período do ano passado. O número é recorde na série histórica da Pnad Contínua desde o início, em 2012.

População desempregada

A população desocupada recuou em 528 mil pessoas em um trimestre, totalizando 8,146 milhões de desempregados no trimestre até agosto. Em um ano, 1,277 milhão de pessoas deixaram o desemprego. A população desempregada desceu ao menor patamar desde o trimestre até junho de 2015, quando estava em 8,5 milhões de pessoas.

O País registrou uma geração de 1,254 milhão de vagas no mercado de trabalho no trimestre até agosto em relação ao trimestre encerrado em maio, um aumento de 1,3% na ocupação. A população ocupada somou 99,653 milhões de pessoas no trimestre encerrado em agosto. Em um ano, mais 641 mil pessoas encontraram uma ocupação.

Inativos e nível de ocupação

A população inativa somou 66,789 milhões de pessoas no trimestre encerrado em agosto, 347 mil a menos que no trimestre anterior. Em um ano, esse contingente aumentou em 2,168 milhões de pessoas.

O nível da ocupação - porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar - ficou em 57,0% no trimestre até agosto, ante 56,4% no trimestre até maio. No trimestre terminado em agosto de 2022, o nível da ocupação era de 57,1%.

Desalentados

O Brasil registrou 3,576 milhões de pessoas em situação de desalento no trimestre encerrado em agosto. É o menor patamar desde o trimestre encerrado em setembro de 2016, quando somava 3,5 milhões de pessoas.

O resultado significa 150 mil desalentados a menos em relação ao trimestre encerrado em maio, um recuo de 4,0%. Em um ano, 692 mil pessoas deixaram a situação de desalento, queda de 16,2%.

A população desalentada é definida como aquela que estava fora da força de trabalho por uma das seguintes razões: não conseguia trabalho, ou não tinha experiência, ou era muito jovem ou idosa, ou não encontrou trabalho na localidade - e que, se tivesse conseguido trabalho, estaria disponível para assumir a vaga. Os desalentados fazem parte da força de trabalho potencial.

Carteira assinada

O trimestre encerrado em agosto de 2023 mostrou uma geração de 422 mil vagas com carteira assinada no setor privado em relação ao trimestre encerrado em maio. Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, 1,273 milhão de vagas com carteira assinada foram criadas no setor privado. O total de pessoas trabalhando com carteira assinada no setor privado foi de 37,248 milhões no trimestre até agosto, maior contingente desde fevereiro de 2015, quando havia 37,288 milhões atuando nessa condição.

A população trabalhando sem carteira assinada no setor privado alcançou 13,199 milhões, 266 mil a mais que no trimestre anterior. Em relação ao trimestre até agosto de 2022, foram criadas 39 mil vagas sem carteira no setor privado.

Informais

O País registrou uma taxa de informalidade de 39,1% no mercado de trabalho no trimestre até agosto de 2023. Havia 38,933 milhões de trabalhadores atuando na informalidade no período. Em um trimestre, mais 613 mil pessoas passaram a atuar como trabalhadores informais. A geração de vagas no mercado de trabalho como um todo no período totalizou 1,254 milhão. "Cerca de metade da geração de ocupação no trimestre veio da informalidade", resumiu Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Mais dados do setor

O trabalho por conta própria ganhou 140 mil pessoas em um trimestre, para um total de 25,359 milhões. O resultado significa 509 mil pessoas a menos atuando nessa condição em relação a um ano antes.

O número de empregadores cresceu em 80 mil em um trimestre. Em relação a agosto de 2022, o total de empregadores é menor em 95 mil pessoas.

O País teve um aumento de 161 mil pessoas no trabalho doméstico em um trimestre, para um total de 5,892 milhões de pessoas. Esse contingente é 41 mil pessoas maior que no ano anterior.

O setor público teve 176 mil ocupados a mais no trimestre terminado em agosto ante o trimestre encerrado em maio. Na comparação com o trimestre até agosto de 2022, foram abertas 144 mil vagas.

No trimestre terminado em agosto, faltou trabalho para 20,234 milhões de pessoas no País. A população subutilizada desceu ao menor patamar desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2016, quando somava 19,983 milhões de pessoas.

Nove das dez atividades econômicas analisadas registraram contratações no trimestre encerrado em agosto. Na passagem do trimestre terminado em maio para o trimestre encerrado em agosto, o único setor com demissões foi a indústria, 114 mil vagas a menos.

 

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Quinta, 21 Novembro 2024

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