Pix lança medida de devolução em caso de fraudes
Após um ano de funcionamento, Pix anunciou uma série de mudanças em suas operações.
Desde o dia 16 de novembro, quando o Pix (meio de pagamentos instantâneos e gratuitos criado pelo Banco Central) completou um ano, foram implantadas novas medidas de segurança na plataforma.
Entre as principais mudanças está o mecanismo de devolução, que permite o estorno de valores na conta do pagador por instituições bancárias, desde que seja detectada fraude ou falha operacional do sistema Pix. A transação fica disponível no extrato do cliente.
Desde 4 de outubro, o Banco Central também atualizou as medidas de segurança do Pix, incluindo um limite de transações de R$ 1.000, válido entre 20h e 6h, com o intuito de evitar crimes contra os usuários do sistema.
Também passou a vigorar a permissão de que bancos retenham operações suspeitas no sistema por até 72 horas. Após a análise, passa a ser obrigatória a notificação de infração na conta, caso seja confirmada. Assim, outras instituições financeiras são alertadas a respeito de contas suspeitas de fraudes.
A medida mira o esquema de quadrilhas que aplicam golpes e sequestros utilizando o sistema Pix, por meio de contas laranjas que utilizam para dividir o lucro dos golpes. Segundo o Banco Central, a análise deve facilitar o rastreio do dinheiro.
Veja o que mudou no Pix em um ano:
- O limite para transações à noite e durante a madrugada, entre 20h e 6h, assim como para TEDs e transferências no WhatsApp, passou a ser de R$ 1.000,00; o cliente pode aumentar esse valor, caso queira.
- As instituições financeiras podem reter operações consideradas suspeitas no Pix por até 30 minutos durante o dia, ou uma hora à noite. A ideia é que antes de realizar a liberação, seja feita uma análise de risco da transação.
- Instituições bancárias devem atender solicitações de aumento no limite do valor de transações até 48 horas após a solicitação.
- O cliente pode cadastrar contas no Pix para fazer transações acima do limite estabelecido, mas manter o valor para as demais operações. Para isso, é preciso registrar a intenção 24 horas antes da operação.
- Taxas: o sistema continua gratuito para pessoa física, microempreendedores individuais (MEIs) e empreendedores individuais (EIs), mas as instituições financeiras podem cobrar as demais empresas pelo serviço. A maioria dos bancos tradicionais já efetua a cobrança, por transação, nesses casos.
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