O Brasil está endividado? Confira o balanço das contas públicas divulgado nesta quinta (31)
Veja a quantas anda a dívida pública e o déficit do setor público.
A dívida pública brasileira voltou a crescer em julho. Dados divulgados nesta quinta-feira, 31, pelo Banco Central, mostram que a Dívida Bruta do Governo Geral alcançou R$ 7,685 trilhões no mês passado, o que representa 74,1% do Produto Interno Bruto (PIB) - contra 73,6% em junho.
O pico da série da dívida bruta foi alcançado em outubro de 2020 (87,6%), em virtude das medidas fiscais adotadas no início da pandemia de covid-19.
No melhor momento, em dezembro de 2013, a dívida bruta chegou a 51,5% do PIB.
A Dívida Bruta do Governo Geral - que abrange o governo federal, os governos estaduais e municipais, excluindo o Banco Central e as empresas estatais - é uma das referências para avaliação, por parte das agências globais de classificação de risco, da capacidade de solvência do País. Na prática, quanto maior a dívida, maior o risco de calote por parte do Brasil.
Dívida Líquida do Setor Público
A Dívida Líquida do Setor Público (DLSP) também aumentou no sétimo mês de 2023. Passou de 59,1% em junho para 59,6% do PIB. A DLSP atingiu R$ 6,186 trilhões.
A dívida líquida apresenta valores menores que os da dívida bruta porque leva em consideração as reservas internacionais do Brasil.
Setor público tem déficit primário de R$ 35,809 bilhões em julho:
O setor público consolidado (Governo Central, Estados, municípios e estatais, com exceção de Petrobras e Eletrobras) registrou déficit primário de R$ 35,809 bilhões em julho, após resultado deficitário de R$ 48,899 bilhões de junho, informou o Banco Central (BC) nesta quinta-feira, 31.
O dado de julho foi o pior desempenho das contas consolidadas do País para o mês desde 2020, quando o déficit chegou a R$ 81,070 bilhões no sétimo mês do ano, em meio ao enfrentamento da pandemia de covid-19. Em julho de 2022, houve superávit primário de R$ 20,440 bilhões. O resultado primário reflete a diferença entre receitas e despesas do setor público, antes do pagamento dos juros da dívida pública.
O déficit primário consolidado de junho ficou pior que a mediana deficitária de R$ 30,850 bilhões apurada pela pesquisa do Projeções Broadcast. O intervalo das estimativas de analistas do mercado financeiro iam de déficit de R$ 39,960 bilhões a de R$ 8,300 bilhões.
No mês, o resultado fiscal foi composto por um déficit de R$ 32,478 bilhões do Governo Central (Tesouro Nacional, Banco Central e INSS). Já os governos regionais (Estados e municípios) influenciaram o resultado negativamente com R$ 4,236 bilhões em julho. Enquanto os Estados registraram um déficit de R$ 1,612 bilhão, os municípios tiveram resultado negativo de R$ 2,624 bilhões. As empresas estatais registraram dado superavitário de R$ 904 milhões.
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