Inflação dos EUA recua e consolida a possibilidade do federal reserve reduzir os juros em setembro.
Taxa de aumento é a menor desde 2021.
Na última quarta-feira, foram divulgados os dados de inflação ao consumidor nos Estados Unidos, com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrando uma alta anual de 3,2% em seu núcleo, que exclui alimentos e energia. Esse crescimento, referente ao mês de julho, representa o avanço mais lento desde o início de 2021. Em termos mensais, o núcleo do IPC aumentou 0,2%, ligeiramente acima dos 0,1% observados em junho.
Economistas consideram o núcleo do IPC um indicador mais preciso da inflação em comparação com o índice geral, que também subiu 0,2% em relação ao mês anterior, acumulando uma inflação de 2,9% nos últimos 12 meses.
Esses dados, combinados com sinais de desaceleração no mercado de trabalho, aumentam as expectativas de que o Federal Reserve possa iniciar cortes nas taxas de juros na próxima reunião, marcada para 18 de setembro. No entanto, o tamanho exato do corte ainda é incerto, uma vez que outros indicadores, como o PCE (Índice de Preços dos Gastos com Consumo Pessoal), serão divulgados no final de agosto.
Além disso, o mercado estará atento aos próximos dados do mercado de trabalho, esperados para o início de setembro. A última divulgação, referente ao mês de julho, decepcionou e provocou um breve sell-off nas bolsas, reacendendo temores de uma possível recessão. Contudo, esse medo já dissipou, e agora as atenções se voltam para o simpósio anual de Jackson Hole, que começou em 19 de agosto. Economistas e grandes figuras do mercado se reúnem no evento para discutir o futuro da economia americana e global.
Um dos momentos mais aguardados do simpósio será o discurso de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve, na sexta-feira, 23 de agosto. O mercado espera que Powell sinalize o início do tão esperado corte de juros em setembro. No entanto, caso ele adote um tom mais cauteloso, as reações podem ser negativas, com uma possível nova queda nos preços das ações, semelhante ao que ocorreu algumas semanas atrás.
Agora, resta aos investidores acompanhar as próximas divulgações de dados econômicos e o pronunciamento de Powell, na esperança de traçar uma perspectiva mais clara sobre as próximas decisões de política monetária do Federal Reserve. Uma coisa é certa: fortes emoções estão por vir.
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