O índice de preços ao consumidor (IPC) dos Estados Unidos subiu menos do que o esperado pelo mercado em outubro: 0,4% no mês e 7,7% em relação ao ano anterior, de acordo com dados do Departamento do Trabalho dos EUA desta quinta-feira (10).

A estimativa da Dow Jones era de uma alta de 0,6% no mês e 7,9% nos últimos 12 meses. A especializada Refinitiv chegou a projetar 8% de inflação.

O que explica a diminuição no ritmo de aumento da inflação norte-americana?

Uma das responsáveis pela redução nos números da inflação foi a queda de 2,4% nos preços dos veículos usados. Vestuário e serviços de assistência médica também ajudaram, com baixa de 0,7% e 0,6%, respectivamente.

Reação dos mercados

Logo após a divulgação do relatório, o Dow Jones Industrial Average subiu mais de 800 pontos e os rendimentos do Tesouro caíram acentuadamente: os títulos de dois anos caíram para 4,41%.

Com a notícia, o mercado financeiro espera que o Federal Reserve, banco central dos EUA, diminua ou interrompa o ritmo agressivo de aumento de taxas de juros que vem fazendo.

Porém, a inflação ainda permanece muito acima da meta de 2% perseguida pelo Fed. Além disso, o relatório ainda destacou que o custo de vida continua alto no país. Logo, especialistas ouvidos pelo site especializado CNBC acreditam que as altas nos juros devem seguir ocorrendo até que a inflação, que está nos níveis mais altos desde a década de 80 anos, convirja à meta.

No início de novembro, o Fed aprovou seu quarto aumento consecutivo de 0,75 ponto percentual na taxa de juros norte-americana, levando sua taxa de referência para um intervalo de 3,75%-4%, o nível mais alto em 14 anos. A expectativa dos mercados é de que o Fed siga subindo as taxas até cerca de 5% no início de 2023.

E você, o que espera para a economia norte-americana – e, consequentemente, a global - neste fim de ano e em 2023? Conte para a gente!