IGP-DI apresenta deflação de 1,01% em abril; entenda composição do índice
Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) é a média ponderada de três índices de inflação.
"A redução nos preços registrada por grandes commodities, como: soja (de -5,66% para -9,89%), minério de ferro (de 3,45% para -7,94%) e milho (de -1,59% para -8,06%) contribuiu para o aprofundamento da deflação registrada pelo IPA, cuja taxa passou de -0,71% para -1,56%. No âmbito do consumidor, a taxa desacelerou de 0,74% para 0,50% em função do comportamento da gasolina, cuja variação passou de 8,66% para -0,38%. Na construção civil, os preços avançaram 0,14%, ante 0,30% no mês anterior, dado o comportamento da mão de obra que não variou em abril", afirma André Braz, Coordenador dos Índices de Preços.
O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 1,56% em abril. No mês anterior, o índice havia apresentado queda de 0,71%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo Bens Finais variou de 0,18% em março para 0,77% em abril. O principal responsável pela aceleração da taxa foi o item combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de -2,81% para 0,40%. O índice de Bens Finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, subiu 0,54% em abril, contra alta de 0,21% em março.
O estágio das Matérias-Primas Brutas caiu 4,45% em abril, após cair 0,37% em março. Contribuíram para este movimento os seguintes itens: minério de ferro (3,45% para -7,94%), soja em grão (-5,66% para -9,89%) e milho em grão (-1,59% para -8,06%). Em sentido oposto, vale citar, bovinos (-1,35% para 1,84%), arroz em casca (-1,44% para 2,13%) e cana-de-açúcar (-0,02% para 0,51%).
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,50% em abril, após subir 0,74% em março. Duas das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação: Transportes (2,82% para 0,19%) e Habitação (0,94% para 0,48%). As principais contribuições para este movimento partiram dos seguintes itens: gasolina (8,66% para -0,38%) e tarifa de eletricidade residencial (3,30% para 0,30%).
Em contrapartida, os grupos Educação, Leitura e Recreação (-1,90% para -0,62%), Alimentação (0,15% para 0,67%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,96% para 1,51%), Vestuário (0,11% para 0,52%), Comunicação (0,30% para 0,60%) e Despesas Diversas (0,16% para 0,20%) apresentaram avanço em suas taxas de variação. Nestas classes de despesa, as maiores influências partiram dos seguintes itens: passagem aérea (-9,75% para -3,67%), hortaliças e legumes (-1,83% para 3,41%), medicamentos em geral (0,33% para 3,23%), calçados (-0,12% para 1,13%), tarifa de telefone móvel (0,81% para 1,60%) e tarifa postal (0,18% para 3,34%).
O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,14% em abril, ante 0,30% no mês anterior. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de março para abril: Materiais e Equipamentos (-0,07% para 0,28%), Serviços (1,04% para 0,30%) e Mão de Obra (0,49% para 0,00%).
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