A Conferência de Bretton Woods ocorreu em julho de 1944, mas até pouco tempo atrás o que havia sido convencionado naqueles dias ditava os rumos da economia mundial. Nela, representantes de 45 países estabeleceram a criação do Banco Mundial, definiram o preço do ouro e atrelaram o dólar a ele, convencionando o que hoje conhecemos como o padrão dólar-ouro.

Com o acordo, ficou convencionado que cada país manteria a taxa de câmbio de sua moeda atrelada ao dólar, com limite de variação de cerca de 1%. Já a moeda norte-americana estaria ligada ao valor do ouro em uma base fixa: cada dólar corresponderia a 35 gramas de ouro.

Não é exagero dizer que o acordo definiu a forma como o capitalismo funcionaria durante as próximas décadas. Entenda como ele ocorreu e suas consequências na economia global.

Criação e consequências do acordo de Bretton Woods

O acordo de Bretton Woods foi criado com o intuito de promover a cooperação econômica entre as nações, facilitar o comércio internacional, padronizar as políticas cambiais e construir um sistema financeiro multilateral entre os países signatários.

Na prática, o sistema que surgiu de Bretton Woods beneficiou principalmente os interesses norte-americanos, com os Estados Unidos assumindo o protagonismo econômico mundial, com controle das relações financeiras internacionais e da economia mundial.

Definições de Bretton Woods

Na reunião, foi criado o Sistema Bretton Woods. Ele definiu:

• O dólar americano como moeda padrão para transações internacionais;
• Indexou a taxa de câmbio entre o dólar e as demais moedas, com limite de variação de 1% para cima ou para baixo;
• Criou o lastro em padrão-ouro;
• Convencionou entidades internacionais de apoio, fiscalização e supervisão econômica e financeira, como o FMI (Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial.
  
  

Quando o acordo de Bretton Woods acabou?

Na segunda metade da década de 60, vários problemas surgiram no sistema, principalmente em decorrência de dificuldades nas finanças norte-americanas que desvalorizaram o dólar.

O país passou a imprimir moeda desenfreadamente, o que causou problemas para o restante do mundo – que também era obrigado a emitir mais moeda própria para manter o câmbio fixo, conforme havia sido convencionado no acordo de 1944.

Com a perda de valor do dólar, a moeda deixou de ter lastro para cobrir sua paridade com o ouro. Foi quando o presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon, mudou o jogo - decidindo emitir títulos de dívida pública ao invés de imprimir mais dinheiro a partir de 1971.

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