O que a teoria da barata tem a ver com seus investimentos?
Essa teoria pode ajudar a identificar problemas de governança.
A teoria da barata é popular entre os investidores, mas pode ser que você nunca tenha ouvido falar dela, ou que tenha ouvido apenas parte da história. Basicamente, a teoria da barata diz respeito a problemas de governança que as companhias podem ter. E por que a figura da barata como alegoria? Porque as baratas nunca andam sozinhas: onde há uma, provavelmente há várias delas.
O mesmo se aplica a problemas internos nas empresas: se aparece um, é preciso ficar atento: logo vários outros podem vir à tona, fazendo o valor de mercado dela "derreter". As más notícias variam: perda nos ganhos, o enfrentamento de uma ação judicial ou algum outro evento negativo inesperado.
A teoria da barata pode ser usada para descrever situações que afetam empresas, mas também pode ser aplicada a setores inteiros da economia: quando uma empresa é afetada negativamente por forças externas, provavelmente seus pares não são imunes às mesmas forças.
Efeitos nocivos no mercado
A teoria da barata pode causar efeitos negativos ao mercado. Isso, porque quando investidores se deparam com más notícias sobre uma ou mais empresas de um setor, costumam reconsiderar suas participações no setor como um todo.
Em alguns casos, muitos investidores se desfazem das ações, o que pode fazer com que os preços em todo o setor caiam. Notícias ruins podem resultar em pânico e até mesmo protestos públicos, o que acaba despertando o interesse dos reguladores do mercado, que por sua vez iniciam investigações, que causam desconfiança generalizada.
Teoria da barata na prática
A crise financeira que resultou no colapso das hipotecas nos Estados Unidos, conhecida como crise do subprime, é um exemplo prático do que a teoria da barata descreve. Em fevereiro de 2007, o New Century Financial Corporation, um credor de subprime – uma espécie de crédito de risco concedido a um tomador que não oferece garantias suficientes –, enfrentou problemas de liquidez conforme a inadimplência de seus tomadores aumentou.
Nesse caso, a empresa foi a primeira "barata": depois dela, muitos outros credores subprime que estavam se beneficiando dos juros da modalidade passaram a enfrentar problemas financeiros que culminaram no colapso das hipotecas subprime. Então, nesse caso, o problema realmente era de todo o setor e haviam muitas "baratas".
E você? Lembra de algum caso em que a teoria da barata se aplique? E concorda com ela? Conte para a gente nos comentários!
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