Alinhado com as expectativas do mercado, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros - taxa Selic - em 1,50 p.p. A nova taxa, de 10,75% ao ano, não ficava na casa dos dois dígitos desde julho de 2017.

Em comunicado, o Banco Central (BC) afirmou entender que a decisão reflete seu cenário de referência e um balanço de riscos de variância maior do que a usual para a inflação. "A prospectiva é compatível com a convergência da inflação para as metas ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano-calendário de 2022 e, em grau maior, o de 2023", afirmou a entidade.

Segundo o BC, a decisão da alta da taxa Selic também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego, sem deixar de lado o objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços.

A alta de juros foi a oitava consecutiva mas, para o futuro, o Copom afirmou antever redução no ritmo de ajuste da Selic já na próxima reunião. "Em relação aos seus próximos passos, o Comitê antevê como mais adequada, neste momento, a redução do ritmo de ajuste da taxa básica de juros", afirmou no comunicado.

O Copom enfatizou que os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados para assegurar a convergência da inflação para suas metas - no caso, em torno de 5% em 2022. Para isso, o comitê entende que a situação depende "da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação para o horizonte relevante da política monetária".

A próxima reunião do Copom está marcada para ocorrer nos dias 15 e 16 de março.

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