Vagas de emprego nos EUA recuam em julho e contratações seguem moderadas
Mercado de trabalho desacelera com tarifas e menor oferta de mão de obra, enquanto Fed avalia possível corte de juros
As vagas de emprego nos Estados Unidos caíram mais do que o esperado em julho, e as contratações permaneceram moderadas, sinalizando uma desaceleração no mercado de trabalho. De acordo com o relatório JOLTS, divulgado pelo Departamento de Estatísticas do Trabalho nesta quarta-feira (3), o número de vagas caiu 176 mil, para 7,181 milhões, abaixo da previsão de economistas consultados pela Reuters, que esperavam 7,378 milhões.
As contratações aumentaram em 41 mil, chegando a 5,308 milhões, enquanto as demissões subiram 12 mil, para 1,808 milhão. Economistas atribuem a fraqueza do mercado de trabalho às tarifas implementadas pelo presidente Donald Trump e à redução da oferta de mão de obra diante da repressão imigratória.
Projeções apontam que o relatório oficial de emprego, previsto para sexta-feira, mostrará a criação de 75 mil postos fora do setor agrícola em agosto, após um aumento de 73 mil em julho. A média de criação de vagas caiu para 35 mil por mês nos últimos três meses, contra 123 mil no mesmo período de 2024. A taxa de desemprego deve subir de 4,2% para 4,3%.
O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicou em agosto a possibilidade de cortar os juros na reunião de política monetária de 16 e 17 de setembro, citando riscos crescentes no mercado de trabalho, mas ressaltou que a inflação ainda preocupa. O Fed mantém sua taxa básica na faixa de 4,25% a 4,50% desde dezembro.
Com informações de Reuters
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