Grandes empresas de tecnologia e alimentos estão entre as principais impactadas pela recuperação judicial da Americanas (ticker AMER3). São 7.967 nomes que, juntos, têm a receber R$ 41,235 bilhões de reais da companhia. Somente a Samsung, que fornece produtos como computadores e celulares à varejista, tem quase R$ 1,3 bilhões de reais em haver.

No ramo alimentício, a Nestlé lidera a lista, com mais de R$ 259 milhões de reais para receber; Bauducco e Mondelez também têm R$ 96,52 milhões e R$ 93 milhões de reais, respectivamente, em pagamentos em aberto. Já a dívida com a Ambev, de propriedade dos mesmos sócios da varejista, é de pouco mais de R$ 4 milhões de reais.

A lista completa de credores, entregue à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro nesta quarta-feira (25), inclui bancos e fornecedores - pessoas físicas, jurídicas e entes federados.

Todos os pagamentos da companhia foram interrompidos desde a medida cautelar obtida na justiça em janeiro, após a crise contábil se tornar pública.

Lojistas que vendem pelo marketplace online da varejista - cerca de 150 mil - não entraram na lista de credores, pois são contabilizados como clientes da plataforma - com a Americanas não atuando como compradora de seus produtos, mas sim intermediária de venda.

Veja algumas empresas e bancos da lista de credores da Americanas, com valores:

Fornecedores

Apple: R$ 98,62 milhões de reais;

Multilaser: R$ 56,94 milhões de reais;

Positivo: R$ 56,66 milhões de reais;

Whirlpool (detentora das marcas Brastemp e Consul): R$ 43,62 milhões de reais;

Toyster Brinquedos: R$ 9,4 milhões de reais.

Bancos

Deustche Bank: US$ 1 bilhão de dólares - o equivalente a mais de R$ 5 bilhões de reais;

Bradesco: R$ 4,51 bilhões de reais;

Santander (Brasil): R$ 3,652 bilhões de reais;

BTG Pactual: R$ 3,5 bilhões de reais;

BV (Votorantim): R$ 3,286 bilhões de reais;

Itaú Unibanco: R$ 2,7 bilhões de reais;

Banco do Brasil: R$ 1,360 bilhão de reais;

Safra: R$ 2,526 bilhões de reais;

Caixa Econômica Federal: R$ 501 milhões de reais.