Nintendo corta vendas de Nintendo Switch por alta demanda
O lucro da empresa caiu em 32% comparado a o ano anterior.
A Nintendo, desenvolvedora japonesa de jogos eletrônicos, precisou reduzir a projeção de vendas de um dos seus principais produtos, o Nintendo Switch. O corte de 6% na previsão inicial ocorre em meio à grande procura pelo videogame no fim de ano, face à escassez de chips semicondutores, o que tem dificultado a produção do videogame.
Segundo o presidente da Nintendo, Shuntaro Furukawa, em uma coletiva de imprensa ocorrida quando a empresa revisava sua meta de vendas do videogame Switch para 24 milhões de unidades, a Nintendo não vai conseguir produzir o suficiente para atender as demandas do fim de ano.
Furukawa disse que "não há sinais de melhora e a situação vai continuar grave, então não posso dizer por quanto tempo vai continuar". O lucro do negócio caiu em 32% comparado a o ano anterior e o diretor completou: "isso é o efeito corona", fazendo referência à pandemia do covid-19 que impactou empresas do mundo inteiro.
Como a Nintendo é altamente dependente de um só sistema e os videogames são um negócio cíclico, esse momento de alta demanda do Nintendo Switch é foco de muitos debates entre analistas e investidores. O modelo Switch OLED, que custa US$ 349,99 dólares nos Estados Unidos, lançado em 8 de outubro, continua em falta em muitos mercados.
Segundo dados da empresa, a busca pelo novo modelo cresceu muito, principalmente por pessoas que já tem o produto, e apenas querem a versão mais nova. Assim, não se enquadram como novos consumidores.
A Nintendo agora se prepara para lançar remakes de "Pokémon" e um novo título da mesma saga, "Pokémon Legends: Arceus", que chegará às lojas em janeiro de 2022.
Com as últimas notícias, as ações da empresa japonesa tiveram uma queda de 1,7% na bolsa e já perderam 25% do valor somente neste ano.
Outras empresas de diversos setores vêm sofrendo com a escassez de semicondutores. Um exemplo é a Toyota Motor, que teve que cortar a venda de seus produtos por falta de materiais e se viu forçada a parar a produção de veículos até o final de março de 2022.
Comentários: 1
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