Mercedes-Benz estima venda de 140 mil caminhões no Brasil em 2022
Segundo executivo, mercado brasileiro de caminhões deve ter alta de 10% este ano.
A Mercedes-Benz espera que o mercado brasileiro movimente a venda de cerca de 140 mil unidades de caminhões este ano - entre todas as montadoras -, o que representa uma alta de 10% em relação a 2021.
Nesta quinta-feira (13), Karin Rådström, chefe mundial do departamento de caminhões da Mercedes-Benz, afirmou em uma entrevista online que após o período mais turbulento da pandemia, as fábricas no Brasil estão melhorando seu equilíbrio entre importações e exportações e diminuindo a exposição ao câmbio.
Reestruturação
Em maio, a companhia havia apresentado o plano da Daimler, sua controladora; seu objetivo era zerar as perdas da empresa no Brasil. A estratégia consistia em reduzir a dependência de peças importadas e aumentar as exportações, junto com corte de custos.
A meta da controladora da Mercedes é a de ser um grupo automotivo com uma margem de rentabilidade medida na casa de dois dígitos. Para a executiva, os resultados da reestruturação da operação no Brasil estão sendo satisfatórios..
Segundo Karin, em entrevista para uma reportagem do Broadcast do Estadão, a empresa teve um grande progresso e claramente houve uma melhora da situação. "Mas ainda temos que dar mais passos e continuar trabalhando duro", declarou a executiva.
Mercado aquecido
Segundo a reportagem, o mercado brasileiro de caminhões estará em alta em 2022, mesmo com a possibilidade de um aumento na taxa de juros adiar as decisões que visam expandir a frota das transportadoras.
A estimativa de um crescimento de 10% nas vendas está associada às encomendas aquecidas do agronegócio, que precisará de transporte para a safra de grãos. Além disso, os setores de comércio eletrônico, construção civil e mineração também devem realizar mais deslocamentos devido à alta na demanda.
De acordo com o vice-presidente de vendas e marketing do negócio de caminhões e ônibus da marca no Brasil, Roberto Leoncini, no entanto, o crescimento dependerá da disponibilidade das peças nas linhas de montagem. "Precisamos que a logística global funcione e nos ajude" disse Leoncini ao Estadão.
Futuro da Mercedes-Benz no Brasil
Com a redução de 15% dos investimentos globais no plano Daimler, o VP de vendas e marketing adiantou que a definição de novos investimentos é condicionada à competitividade e sustentabilidade das negociações brasileiras diante do mercado mundial.
"Se vamos investir, os investimentos precisam ser competitivos se comparados a outras possibilidades", afirmou Leoncini, que assumiu o cargo com o objetivo de equilibrar ganhos vindos do mercado com sustentabilidade financeira, segundo a reportagem.
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