Shopee lidera a expansão de apps orientais no mercado de varejo nacional online.
O aplicativo do grupo asiático SEA, Shopee, foi o mais baixado no Brasil no ano passado e de acordo com análise do grupo financeiro Goldman Sachs, a empresa também conquistou a participação de um dígito no mercado de comércio eletrônico no Brasil em 2021.
A previsão dos especialistas financeiros é de que o marketplace continue relevante neste ano, podendo aumentar sua participação para 20% "à medida que continue a construir sua presença e oferta de serviços e à medida que os líderes do mercado incumbentes elaboram estratégias para atingir o mesmo mercado".
Mesmo com apostas positivas para o futuro da Shopee, ainda existem alguns desafios ligados a logística do aplicativo: o tempo de envio do marketplace normalmente leva de cinco a 25 dias para pedidos voltados a vendedores locais, enquanto o prazo de entrega do mercado livre, seu concorrente, leva, em média, apenas dois dias para cerca de 75% de seus produtos.
De acordo com os especialistas do Goldman, até o momento "os generosos benefícios de frete grátis e as diferenças de preço compensam os períodos de envio mais longos".
AliExpress
O AliExpress também vem se destacando no setor de eletrônicos. A empresa anunciou seu novo mercado para vendedores locais, oferecendo benefícios como taxas de aceitações baixas de 5% até 8%, e frete grátis para compras acima de R$ 50 reais.
Os analistas também apontaram desafios relacionados à logística nesse aplicativo, indicando que será necessário investimento na área. Mas eles também não descartam uma intensificação da concorrência neste ano.
Shein
A Shein, em 2021, acumulou 23,8 milhões de downloads apenas no Brasil, superando facilmente os líderes locais do setor. A marca de varejo de moda tem público mais jovem, segundo os analistas, e que se preocupa mais com acessibilidade do que com prazos de entrega e níveis de serviço.
Os prazos são mais longos comparados aos de outros aplicativos, e os pedidos levam em torno de um mês para chegar às casas dos clientes, mas os especialistas acreditam que a diferença significativa de preço dos produtos compensa.
O relatório divulgado pela Goldman Sachs aponta que a lista de lojas oficiais de vestuário e eletrônicos ainda fica atrás de outros marketplaces.
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