Os negócios iam bem para Gautam Adani, um indiano de classe média que começou construiu fortuna trabalhando com portos e hoje detém também aeroportos e empresas de energia em seu grupo. Em 2022, ele figurou como o terceiro homem mais rico do mundo na Bloomberg, uma lista acostumada a abrigar homens brancos e ocidentais. Adani perdeu apenas para Bernard Arnault e Elon Musk.

Corta para o final de janeiro de 2023: Adani já saiu da lista dos dez mais ricos do mundo e perdeu, somente na última semana, US$ 35,6 bilhões de dólares, o equivalente a aproximadamente R$ 182 bilhões de reais. Sua fortuna chegou a encolher US$ 8,21 bilhões de dólares em um único dia (R$ 42 bilhões de reais).

Mas o que está acontecendo?

A fortuna de Adani está sendo ameaçada por um possível escândalo contábil: na semana anterior, a empresa de investimentos Hindenburg Research afirmou que o grupo de Adani desenvolveu um "sistema de fraude na contabilidade durante décadas". 

Segundo a Hindenburg, o conglomerado estaria manipulando os lucros "para manter a aparência de boa saúde financeira e de solvência" de todas as suas empresas de capital aberto listadas em bolsa. O grupo de Adani rebateu as acusações, afirmando que elas foram "mal-intencionadas".

Apesar das perdas, Adani ainda está "bem na fita": o bilionário segue na lista de homens mais ricos do mundo na Bloomberg. Ao menos por hoje.