B3: veja os resultados da bolsa brasileira no 3º trimestre de 2022
Lucro caiu em relação ao mesmo período de 2021.
Mãos cruzadas em frente a um notebook com gráficos de ações. Foto: Anna Nekrashevich/Pexels.
A B3 S.A. (B3SA3) divulgou no dia 10 de novembro os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2022. A receita total atingiu R$ 2,5 bilhões de reais, em linha com o terceiro trimestre de 2021, e registrando 1% de crescimento em relação ao segundo trimestre de 2022. O lucro líquido recorrente foi de R$ 1,1 bilhão de reais, queda de 10,7% na comparação com o mesmo período do ano passado, e um recuo de 5,5% em relação ao segundo trimestre deste ano.
"O cenário macroeconômico trouxe diferentes impactos nos negócios da B3, mas os resultados mostram receita estável mesmo num cenário de maior incerteza. No segmento listado, os juros mais altos contribuíram para a queda no volume financeiro médio diário negociado de ações, ao mesmo tempo em que, no segmento de balcão, as taxas mais elevadas favoreceram os volumes de todos os produtos negociados. De forma geral, os negócios mais cíclicos apresentaram retrações que foram praticamente neutralizadas pela performance dos demais segmentos, reafirmando a resiliência e a diversificação do modelo de negócios da B3", explicou André Veiga Milanez, diretor-executivo Financeiro, Administrativo e de Relações com Investidores.
Dentro da estratégia de fortalecer seu core business, a B3 lançou, em setembro, o empréstimo e compromissada específica de Título Público Federal com contraparte central, voltados para investidores institucionais. As operações permitem que os títulos sejam transferidos do detentor original para a contraparte e fiquem disponíveis para livre movimentação. A participação da B3 como contraparte central garante mais segurança para os participantes e, consequentemente, mais dinamismo para o mercado.
Segundo a instituição, outro destaque do trimestre foi a publicação, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da metodologia para definição do tamanho mínimo dos grandes lotes, juntamente com a tabela estabelecendo os limites para cada faixa de ação ou valor mobiliário, que depende do volume negociado de cada ativo. A publicação complementa a Resolução 135, divulgada em junho, que autorizou a realização de negociações de grandes lotes fora do ambiente de bolsa.
"O cenário macroeconômico trouxe diferentes impactos nos negócios da B3, mas os resultados mostram receita estável mesmo num cenário de maior incerteza. No segmento listado, os juros mais altos contribuíram para a queda no volume financeiro médio diário negociado de ações, ao mesmo tempo em que, no segmento de balcão, as taxas mais elevadas favoreceram os volumes de todos os produtos negociados. De forma geral, os negócios mais cíclicos apresentaram retrações que foram praticamente neutralizadas pela performance dos demais segmentos, reafirmando a resiliência e a diversificação do modelo de negócios da B3", explicou André Veiga Milanez, diretor-executivo Financeiro, Administrativo e de Relações com Investidores.
Dentro da estratégia de fortalecer seu core business, a B3 lançou, em setembro, o empréstimo e compromissada específica de Título Público Federal com contraparte central, voltados para investidores institucionais. As operações permitem que os títulos sejam transferidos do detentor original para a contraparte e fiquem disponíveis para livre movimentação. A participação da B3 como contraparte central garante mais segurança para os participantes e, consequentemente, mais dinamismo para o mercado.
Segundo a instituição, outro destaque do trimestre foi a publicação, pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da metodologia para definição do tamanho mínimo dos grandes lotes, juntamente com a tabela estabelecendo os limites para cada faixa de ação ou valor mobiliário, que depende do volume negociado de cada ativo. A publicação complementa a Resolução 135, divulgada em junho, que autorizou a realização de negociações de grandes lotes fora do ambiente de bolsa.
A decisão da CVM de revisar a tabela quadrimestralmente irá garantir maior flexibilidade para ajustes, reforçando o cuidado do regulador com a qualidade do mercado. A B3 já anunciou que irá disponibilizar soluções próprias para negociação de grandes lotes ao longo de 2023.
Em outubro, a B3 anunciou a aquisição da Datastock, empresa de tecnologia especializada em gestão de integração do estoque de lojas de veículos novos e usados. A transação contribui para o crescimento no negócio de veículos, financiamentos e dados & analytics, expandindo a atuação da B3 a outros elos da cadeia de valor do segmento. O valor previsto para a aquisição é de até R$ 80 milhões de reais.
Em novembro, a B3 também assinou contrato que resultará na aquisição da Neurotech, empresa de tecnologia especializada na criação de sistemas e soluções de inteligência artificial, machine learning e big data.
Receita do segmento Listados
No terceiro trimestre, o segmento de listados obteve receita de R$ 1,6 bilhão de reais (64,6% do total), o que representa queda de 7,4%. No mercado de ações e instrumentos de renda variável, houve queda de 17% no volume médio de negociações diárias (ADTV) de ações à vista, em relação ao mesmo período de 2021. O resultado é reflexo de um cenário com juros mais altos no Brasil e maior preocupação com o cenário macroeconômico global, com inflação e juros crescentes pressionando as principais economias.
Nos contratos futuros de índices, o recuo de 21,3% no número de contratos negociados pode ser creditado à queda na negociação da versão mini desses contratos. A receita por contrato (RPC) média dos contratos futuros de índice de ações apresentou um aumento de 4,6%, explicado principalmente pela queda nos volumes.
O número médio de contas totais na depositária de renda variável cresceu 34,9%, reflexo da contínua busca dos investidores individuais por maior diversificação de seus portfólios. E o volume de posições em aberto de operações de empréstimo de títulos aumentou 6%.
Receita do segmento Balcão
O segmento de balcão registrou elevação de 12,5% e receita de R$ 328,8 milhões de reais (13,1% do total). O volume de novas emissões cresceu 16,6% no trimestre, enquanto o estoque médio de instrumentos de captação bancária aumentou em 20,6%, principalmente, em função da alta nas emissões de CDB, que representaram 72,4% das novas emissões no período.
Em relação às emissões de outros instrumentos de renda fixa, o crescimento de 84,9% foi influenciado pelo aumento de 101% nas emissões de instrumentos do agronegócio, que representaram 74% desse grupo, contra 68,1% no mesmo período de 2021. Já o estoque médio de instrumentos de dívida corporativa aumentou 28,2%, com as debêntures de leasing representando 17,2% do estoque médio de dívida corporativa no trimestre, em comparação com 20,3% no mesmo período do ano passado.
Outro destaque do mercado de renda fixa foi o contínuo crescimento do Tesouro Direto, cujo número de investidores e o estoque médio aumentaram 26,5% e 32,8%, respectivamente.
Receita do segmento Infraestrutura para Financiamento
O segmento de Infraestrutura para Financiamento obteve receita de R$ 110,2 milhões de reais (4,4% do total), o que representa queda de 10,8%. O número de veículos vendidos no Brasil diminuiu 6,6% como consequência da escassez de componentes e do aumento nos preços, tanto de veículos novos quanto usados. Tais fatores, associados ao nível mais elevado dos juros, impactaram o número de inclusões no Sistema Nacional de Gravames (SNG), que recuou 10,5% no período.
Receita do segmento tecnologia, dados e serviços
O segmento de tecnologia, dados e serviços da B3 registrou alta de 29,5% e receita de R$ 447,2 milhões de reais (17,8% do total). A quantidade média de clientes do serviço de utilização mensal dos sistemas de Balcão aumentou 13,4%, resultado, principalmente, do crescimento da indústria de fundos no Brasil. Foi registrado também crescimento de 9,1% no número de clientes que utilizam os serviços de co-location, devido à contratação de racks de alta densidade energética cuja capacidade de serviço foi expandida ao longo de 2021.
Em outubro, a B3 anunciou a aquisição da Datastock, empresa de tecnologia especializada em gestão de integração do estoque de lojas de veículos novos e usados. A transação contribui para o crescimento no negócio de veículos, financiamentos e dados & analytics, expandindo a atuação da B3 a outros elos da cadeia de valor do segmento. O valor previsto para a aquisição é de até R$ 80 milhões de reais.
Em novembro, a B3 também assinou contrato que resultará na aquisição da Neurotech, empresa de tecnologia especializada na criação de sistemas e soluções de inteligência artificial, machine learning e big data.
Receita do segmento Listados
No terceiro trimestre, o segmento de listados obteve receita de R$ 1,6 bilhão de reais (64,6% do total), o que representa queda de 7,4%. No mercado de ações e instrumentos de renda variável, houve queda de 17% no volume médio de negociações diárias (ADTV) de ações à vista, em relação ao mesmo período de 2021. O resultado é reflexo de um cenário com juros mais altos no Brasil e maior preocupação com o cenário macroeconômico global, com inflação e juros crescentes pressionando as principais economias.
Nos contratos futuros de índices, o recuo de 21,3% no número de contratos negociados pode ser creditado à queda na negociação da versão mini desses contratos. A receita por contrato (RPC) média dos contratos futuros de índice de ações apresentou um aumento de 4,6%, explicado principalmente pela queda nos volumes.
O número médio de contas totais na depositária de renda variável cresceu 34,9%, reflexo da contínua busca dos investidores individuais por maior diversificação de seus portfólios. E o volume de posições em aberto de operações de empréstimo de títulos aumentou 6%.
Receita do segmento Balcão
O segmento de balcão registrou elevação de 12,5% e receita de R$ 328,8 milhões de reais (13,1% do total). O volume de novas emissões cresceu 16,6% no trimestre, enquanto o estoque médio de instrumentos de captação bancária aumentou em 20,6%, principalmente, em função da alta nas emissões de CDB, que representaram 72,4% das novas emissões no período.
Em relação às emissões de outros instrumentos de renda fixa, o crescimento de 84,9% foi influenciado pelo aumento de 101% nas emissões de instrumentos do agronegócio, que representaram 74% desse grupo, contra 68,1% no mesmo período de 2021. Já o estoque médio de instrumentos de dívida corporativa aumentou 28,2%, com as debêntures de leasing representando 17,2% do estoque médio de dívida corporativa no trimestre, em comparação com 20,3% no mesmo período do ano passado.
Outro destaque do mercado de renda fixa foi o contínuo crescimento do Tesouro Direto, cujo número de investidores e o estoque médio aumentaram 26,5% e 32,8%, respectivamente.
Receita do segmento Infraestrutura para Financiamento
O segmento de Infraestrutura para Financiamento obteve receita de R$ 110,2 milhões de reais (4,4% do total), o que representa queda de 10,8%. O número de veículos vendidos no Brasil diminuiu 6,6% como consequência da escassez de componentes e do aumento nos preços, tanto de veículos novos quanto usados. Tais fatores, associados ao nível mais elevado dos juros, impactaram o número de inclusões no Sistema Nacional de Gravames (SNG), que recuou 10,5% no período.
Receita do segmento tecnologia, dados e serviços
O segmento de tecnologia, dados e serviços da B3 registrou alta de 29,5% e receita de R$ 447,2 milhões de reais (17,8% do total). A quantidade média de clientes do serviço de utilização mensal dos sistemas de Balcão aumentou 13,4%, resultado, principalmente, do crescimento da indústria de fundos no Brasil. Foi registrado também crescimento de 9,1% no número de clientes que utilizam os serviços de co-location, devido à contratação de racks de alta densidade energética cuja capacidade de serviço foi expandida ao longo de 2021.
O documento com as informações completas sobre os resultados operacionais para o terceiro trimestre de 2022 está disponível no site de Relações com Investidores da B3.
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