As eleições presidenciais deste ano serão acompanhadas de fortes emoções que, por consequência, trazem mais volatilidade para a bolsa. O Bank of America (BofA) afirmou que alguns setores serão mais afetados por essa disputa, como, por exemplo, o setor elétrico.

O banco divulgou um relatório que analisa o desempenho do setor elétrico em momentos eleitorais que aponta que, na média, ele, junto com o de saneamento, costumam superar o Ibovespa (IBOV) em 9%.

Junto com as especulações de privatização, as ações do setor elétrico dispararam no quarto trimestre, mas, segundo o BofA, o tema já perdeu a força para a maioria das companhias - exceto para a Eletrobras.

Riscos das elétricas

O aumento excessivo da conta de luz é o principal risco para as concessionárias, pois os políticos podem adotar medidas populistas a fim de sanar a alta dos preços, de acordo com o BofA.

Os temas com mais destaque durante as eleições passadas foram a descarbonização e as energias renováveis, com um total de 78% de presença nos discursos. Apenas 44% criticaram as tarifas praticadas.

Papéis recomendados pelo BofA

Segundo o Bank of America, investir em estatais é arriscado, já que análises mostram que essas empresas elevam seus investimentos em aproximadamente 15% antes das eleições.

A indicação do BofA quanto as ações são a Eneva (ENEV3) e Equatorial (EQTL3), que, de acordo com o banco, são "nomes de alta qualidade em gestão privada e bons alocadores de capital, que podem se beneficiar de tendências de longo prazo".

A CPFL Energia (CPFE3) também foi lembrada pelo BofA devido a seu portfólio eficiente e diversificado, além de oferecer rendimentos de 14,5% de dividendos.

Os preços-alvo de Copasa (CSMG3) caíram de R$ 16 para R$ 14 reais e os da Taesa (TAEE11) de R$ 37 para R$ 34 reais.

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