Greve nos portos dos EUA representam um novo risco para economia americana
No total, são 36 portos na costa leste e golfo que interromperam suas atividades; 57% de todo volume de containers dos Estados Unidos passam por esses locais
Os trabalhadores portuários da Costa Leste e do Golfo, que operam em instalações desde o Maine até o Texas, iniciaram nesta terça-feira uma greve, algo que não ocorria desde a década de 1970. Como é de conhecimento por parte do mercado, o FED segue em uma batalha para equilibrar o crescimento da economia americana e a estabilidade de preços. Com isso, diversos especialistas do setor estão preocupados com os possíveis impactos de uma paralisação prolongada, e quais efeitos negativos na economia dos Estados Unidos. A preocupação gira em torno do aumento da inflação pela interrupção da cadeia de suprimentos do transporte marítimo global.
A relevância dos 36 portos inativos na Costa Leste e no Golfo, que movimentam 57% do volume de contêineres nos Estados Unidos, está diretamente ligada aos riscos. Juntas, essas instalações são responsáveis por aproximadamente um quarto do comércio internacional anual do país, que gira em torno de US$ 3 trilhões.
Período Crítico
Como é de se esperar, as importações aumentam bastante no final do ano nos Estados Unidos devido a uma combinação de fatores relacionados ao aumento do consumo e às atividades econômicas típicas dessa época. Sendo elas ligadas as promoções e festividades comemoradas, a demanda aumenta bastante neste período. Antecipando o aumento nas vendas, os varejistas encomendam produtos adicionais meses antes. Isso resulta em um pico nas importações durante o final do verão e o outono, para garantir que os produtos estejam disponíveis nas prateleiras a tempo.
Relembrando o contexto econômico, por muito tempo os varejistas e importadores enfrentaram uma inflação bem acima da média histórica. Inflação essa, que por um bom tempo pressionou as margens desses negócios.
Pressão Eleitoral
Faltando aproximadamente um mês para as eleições americanas, esta greve que ocorre nos portos coloca o atual presidente e representante dos democratas em uma situação delicada. Há uma grande necessidade de que se negocie o retorno das atividades portuárias, pra eliminar o risco
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