Imagine voltar no tempo e estar em uma praça em São Paulo, há mais de 200 anos, negociando café e algodão "no grito". No museu da B3 (MUB3), em São Paulo, capital, essa façanha é possível. E não só isso: você é transportado pela história do mercado de capitais brasileiro, entendendo como foram realizadas as negociações ao longo dos anos, desde antes de o Brasil possuir uma bolsa de valores, antes da internet, e acompanha a evolução das negociações até os pregões eletrônicos atuais. 

Durante o passeio, o visitante também aprende como funciona a bolsa de valores e a lógica dos mercados, de maneira bastante didática - mesmo para quem não entende nada sobre como funcionam as negociações de ativos financeiros.

Confira detalhes do passeio:

A visita é iniciada com um vídeo de boas vindas e, em seguida, o visitante dirige-se à réplica de uma "praça do comércio", praças públicas nas quais aconteciam as transações comerciais, como compra e venda de produtos agrícolas, apólices de seguro e fretes de navios, tudo em "dinheiro vivo". "Praça", inclusive, era um termo utilizado para se referir ao mercado de valores. Depois, passamos a caminhar pelos corredores como se fossem uma máquina do tempo.

A seguir, chegamos em um escritório mercantil, espaço que substituiu as praças como local de negociação do mercado de capitais. Nele, é possível tirar fotos de terno e cartola, simulando as negociações do final do século XIX e início do século XX. É bem divertido. O museu, aliás é bastante interativo, com diversas telas touchscreen nas quais é possível aprofundar-se na história, entendendo o papel das commodities, como o algodão, nas negociações da época.

Todo o museu fica no segundo andar, no entorno da praça central do edifício, um vão-livre que abriga espaço de convivência, um grande painel com as ações em tempo real, um espaço onde são realizados os leilões da B3 atualmente e a área que abrigou a bolsa de valores antes do pregão tornar-se 100% eletrônico. Durante a visita, é possível admirar por vários ângulos a área central da edificação.

O passeio é uma aula de história a respeito da economia brasileira e mundial, com diversos painéis e projeções explicando o contexto de situações como o crash da bolsa de . Painéis interativos explicam os principais ativos negociados atualmente, como BDRs, ações e fundos de investimento.

Confira fotos do passeio:

 Há também painéis digitais com ações do tempo da bolsa de valores física e outras representações de quando os valores eram escritos a giz em quadro negro, telefones nos quais é possível ouvir como eram vendidas ações e até o uniforme que os operadores usavam nos pregões. Também é possível uma espécie de imersão em um pregão dos anos 80.

O passeio conta ainda com maquetes de diferentes configurações em que as bolsas de valores atuaram durante o século XX - mais precisamente até o dia 30 de setembro de 2005, no caso da Bovespa e 30 de junho de 2009, na BM&FBOVESPA.

Atualmente, a B3 é uma empresa de tecnologia que conecta o mercado brasileiro, que permite com que corretoras ofereçam alternativas de diversificação, empresas possam expandir seus negócios e brasileiros e brasileiras invistam e realizem financiamentos.

Há ainda um hall com vídeos de diversas personalidades da economia brasileira que contribuíram com o mercado de capitais, chamado "biografias do mercado" e, no final, é possível brincar de lPO (oferta pública inicial), como se fosse você abrindo o capital de sua empresa no mercado de ações!

Ficou com vontade de conhecer? O passeio pelo museu da B3 é gratuito e os ingressos podem ser retirados antecipadamente neste site.

Se você não está em São Paulo, também é possível realizar o tour virtual neste link.