Desastres naturais devem causar mais de 150 bilhões de dólares em prejuízos para seguradoras no ano de 2024

Desastres naturais devem causar mais de 150 bilhões de dólares em prejuízos para seguradoras no ano de 2024

Expansão urbana, exposição das propriedades e principalmente as mudanças climáticas podem gerar um aumento de 40% em prejuízos anuais por catástrofes naturais para o setor global de seguros.  

Imagem criada por IA.

O setor de seguros pode enfrentar perdas significativas em 2024, com projeções indicando mais de US$ 150 bilhões em prejuízos causados por desastres naturais, segundo um relatório recente da Verisk, empresa de modelagem de riscos. Esse aumento expressivo de cerca de 40% em relação à média anual dos últimos cinco anos reflete o impacto das mudanças climáticas, da expansão urbana e da maior exposição das propriedades a eventos extremos.

Nos últimos cinco anos, as seguradoras registraram perdas anuais de aproximadamente US$ 106 bilhões. No entanto, a análise da Verisk prevê que as perdas em 2024 possam atingir US$ 151 bilhões, com cerca de US$ 119 bilhões relacionados a danos que não envolvem o setor agrícola.

Tempestades convectivas severas, tempestades tropicais, incêndios florestais e inundações são alguns dos desastres naturais que mais ameaçam o setor. Esses eventos, em conjunto, devem representar mais da metade das perdas modeladas de US$ 119 bilhões.

Embora o maior impacto individual previsto seja causado por furacões ou terremotos, o aumento da frequência e intensidade desses eventos devido às mudanças climáticas está se tornando uma preocupação crescente para as seguradoras. O relatório indica que o aquecimento global pode ser responsável por cerca de 1% do aumento anual das perdas, mas a expectativa é que esse impacto se amplie nas próximas décadas.

Um fator preocupante é o número crescente de tempestades catastróficas. De acordo com a corretora de seguros Aon Plc, no ano passado, ocorreram 37 tempestades que causaram prejuízos superiores a US$ 1 bilhão cada – um recorde, comparado à média de 14 eventos de magnitude semelhante em anos anteriores.

Embora a ciência tenha avançado na compreensão do efeito das mudanças climáticas sobre incêndios florestais e inundações, o impacto de tempestades severas ainda não é totalmente compreendido, o que desafia as empresas de modelagem de riscos como a Verisk a criar previsões precisas.

Se a tendência de eventos climáticos extremos continuar, o setor de seguros deverá enfrentar desafios cada vez mais complexos, com as mudanças climáticas desempenhando um papel cada vez mais determinante nos prejuízos financeiros globais. 

 

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Quinta, 19 Setembro 2024

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