Inflação cai em ritmo menor; perigo à vista?
Veja os dados divulgados nesta quinta-feira, 17, pela FGV.
O Índice Geral de Preços - 10 (IGP-10), uma das medidas de inflação brasileiras, caiu 0,13% em agosto, após a queda de 1,10% em julho, conforme informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta quinta-feira, 17. O resultado, que apresenta deflação, ficou acima da mediana negativa de 0,28% calculada com base nas estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, mas dentro do intervalo das previsões, de queda de 0,72% a 0,11%.
Quanto aos três indicadores que compõem o IGP-10 de agosto, os preços no atacado medidos pelo IPA-10 tiveram redução de 0,20% em agosto, ante uma queda de 1,54% em julho. Os preços ao consumidor verificados pelo IPC-10 apresentaram recuo de 0,01% em agosto, após o aumento de 0,02% em julho. Já o INCC-10, que mede os preços da construção civil, teve elevação de 0,17% em agosto, depois de subir 0,01% em julho.
O IGP-10 acumulou um recuo de 5,32% no ano. A taxa acumulada em 12 meses ficou negativa em 7,37%. O período de coleta de preços para o indicador de agosto foi do dia 11 de julho a 10 deste mês.
IPAs
Os preços agropecuários medidos pelo IPA agrícola subiram 0,16% no atacado em agosto, após uma queda de 3,40% em julho, dentro do IGP-10.
Já os preços dos produtos industriais, mensurados pelo IPA Industrial, tiveram redução de 0,33% no atacado em agosto, depois do recuo de 0,83% em julho.
Dentro do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais tiveram queda de 0,95% em agosto, ante redução de 0,97% em julho
Os preços dos bens intermediários caíram 0,37% em agosto, após queda de 1,31% em julho. Já os preços das matérias-primas brutas subiram 0,79% em agosto, depois da queda de 2,38% em julho.
O Comitê de Política Monetária (COPOM), do Banco Central, decidiu baixar os juros da economia brasileira em 0,5% em sua última reunião. A decisão foi baseada na queda da inflação. Caso o índice siga subindo, ele pode influenciar a política de juros a ser adotada no futuro.
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