Dólar oscila com condenação de Bolsonaro e dados econômicos nos EUA
Após abrir em alta, a moeda recua em meio às publicações de Bolsonaro e à espera de indicadores de inflação e confiança do consumidor nos EUA.
O dólar à vista saiu na sexta-feira (12) em alta de 0,28%, negociado a R$ 5,4072, mas perdeu força em seguida e opera ao redor de R$ 5,39. No cenário doméstico, prevalece um clima de cautela após a denúncia do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No exterior, o mercado aguarda a divulgação dos dados de sentimento do consumidor e de inflação da Universidade de Michigan, previstos para hoje, que servirão de tabela às vésperas das decisões de política monetária do Banco Central e do Federal Reserve (Fed) na próxima semana.
Na quinta-feira (11), o STF condenou Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão e decretou sua inelegibilidade por oito anos, junto a outros sete réus. A decisão repercutiu dentro e fora do país. O governo dos Estados Unidos classificou o julgamento como “caça às bruxas”, enquanto o presidente Donald Trump o chamou de “terrível”. Em resposta, o Itamaraty afirmou que o Brasil “não se intimidará”, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que novas medidas serão tomadas.
No campo econômico, o IBGE divulgou nesta sexta-feira o desempenho do setor de serviços em julho. O volume de serviços registrou alta de 0,3% em relação a junho, resultado abaixo da mediana das projeções do mercado, que indicava avanço de 0,4% (com estimativas variando entre +0,1% e +0,8%). Na comparação com julho de 2024, houve crescimento de 2,8%, marcando a 16ª taxa positiva consecutiva, em linha com a mediana das variações. No acumulado de 2024, a expansão foi de 2,6%, e no período de 12 meses, de 2,9%.
Na sessão anterior, o dólar à vista havia recuado 0,27%, encerrando a R$ 5,3922 – o menor fechamento desde 12 de agosto. Já o dólar futuro para outubro caiu 0,26%, cotado para R$ 5,4150.
Com informações de ISTOÉ
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