Você confiaria em um robô para cuidar do seu dinheiro?
Entenda como a inteligência artificial usa algoritmos para investir por você.
No exterior, cada vez mais se populariza o uso de Robô advisors, robôs consultores que usam algoritmos para investir por você levando em conta sua idade, seus objetivos e tolerância ao risco. Nos Estados Unidos, cerca de 3,5 milhões de adultos devem usar um conselheiro-robô ainda este ano, de acordo com o eMarketer. A projeção do serviço é de que até 2025 sejam cinco milhões.
Aqui no Brasil, o modelo de negócio está se popularizando. Alguns bancos e corretoras já trabalham com a ferramenta, como é o caso do Banco do Brasil. O mercado de gestão nacional é dominado por nomes tradicionais, nos quais a exclusividade e atendimento personalizado são diferenciais desejados por muitos.
Mas o cenário pode mudar em breve: de acordo com a consultoria Vanguard, existe duas vezes mais probabilidade dos jovens millenials – nascidos após 1981 – usarem consultores robóticos do que os baby boomers — a geração anterior. Atualmente, US$ 460 bilhões de dólares em ativos estão sob gestão de robôs nos Estados Unidos, uma pequena fatia dos US$ 29,1 trilhões de ativos do setor de gestão de fortunas dos EUA, de acordo com o Aite Group.
Quando um robô investidor vale a pena?
Segundo reportagem recente no site Market Watch, os robôs consultores podem ser uma boa escolha para novos investidores, pessoas ocupadas que não querem tomar decisões sozinhas ou aqueles que não têm muito para investir, mas querem diversificar a carteira e manter seus custos baixos.
O que um robô advisor oferece
A Vanguard, segunda maior gestora de ativos do mundo, oferece o Vanguard Digital Advisor, que requer um investimento inicial de US$ 3.000 dólares. O algoritmo oferecido pela empresa pede receita do usuário e planos de longo prazo, depois avalia sua tolerância ao risco e só então recomenda uma alocação em uma carteira genérica. Por exemplo: quatro ações domésticas e internacionais da Vanguard e ETFs de títulos. O custo do serviço é de 0,20% ao ano, equivalente a US$ 6 dólares por ano no investimento mínimo.
A Charles Schwab, outra opção americana, oferece o serviço Schwab Intelligent Portfolios, que funciona segundo o mesmo princípio, mas tem investimento mínimo maior, de US$ 5.000 dólares. Não há taxa e o serviço reequilibra automaticamente o portfólio do usuário para se adequar à sua meta de alocação.
Os outros três principais consultores robóticos americanos têm estratégias um tanto diferentes: a Wealthfront e a Betterment destinam-se a investidores iniciantes e experientes, enquanto a Personal Capital atende a clientes mais estabelecidos, com ativos substanciais para investir.
Por aqui, alguns bancos já usam a tecnologia de robô advisor, que reúne informações sobre o cliente e cruza com as tendências do mercado e da economia; depois, constrói uma carteira de investimentos personalizada. Eles estão disponíveis para clientes via aplicativo.
E você? Confiaria em um robô para cuidar dos seus investimentos? Conte para a gente nos comentários e nas redes sociais!
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